Um grupo de cibercriminosos conseguiu colocar no Google Play uma aplicação maliciosa que se fazia passar pelo software bloqueador de anúncios AdBlock Plus. Nos últimos tempos os casos de aplicações que violam as regras da Google e que conseguem chegar à loja têm ganhado força.

A denúncia é feita pela empresa de segurança Kaspersky que revela que a app em vez de bloquear os anúncios, fazia com que os utilizadores recebessem ainda mais.

O software depois de instalado ganhava ainda acesso a alguns elementos mais pessoais do telefone do utilizador, como acesso às SMS e a outros registos privados. A aplicação tem ainda a capacidade de alterar as configurações Bluetooth do dispositivo por forma a permitir a ligação com outros aparelhos.

Segundo informações da empresa de segurança, o software era sustentado por uma rede de publicidade móvel que tem origem no Brasil.

"Este é um daqueles casos em que o utilizador procura proteção, mas só encontra problemas", lamentou em comunicado o diretor de investigação dos Kaspersky Lab, Dmitry Bestuzhev.

Este é apenas mais um episódio que envolve a Google e a marca AdBlock Plus. No início do ano as duas empresas envolveram-se numa polémica depois de a aplicação ter sido removida por motivos pouco claros, na opinião dos responsáveis pelo software. Mais tarde surgiu uma informação de que a gigante dos motores de busca pode ter pagado à AdBlock Plus para barrar anúncios menos os do Google AdWords.

Hoje só é possível instalar este bloqueador de publicidades através de instalação paralela e não através do Google Play.

Recentemente o TeK deu conta de dois casos em que os filtros da loja de conteúdos da Google não funcionaram corretamente. No primeiro caso foram roubados vários milhares de euros a utilizadores em Portugal, enquanto no segundo o serviço da tecnológica deu destaque a duas aplicações que violavam a propriedade intelectual da Nintendo.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico