Depois de 3 dias intensos de conferências, onde participaram mais de 600 oradores, em 21 palcos e mais de 1.500 startups, o encerramento vai ser em grande, com mais uma Night Summit a prometer prolongar-se pela noite dentro para queimar os últimos cartuchos de energia.

A acreditar no fundador do evento, Paddy Cosgrave, tudo correu lindamente. O empreendedor continua apaixonado por Lisboa e sair de Dublin para esta cidade foi a melhor decisão que tomou. E pelos vistos há muito quem subscreva esta ideia, sobretudo entre os muitos participantes internacionais, provenientes de 165 países, com quem falámos ao longo dos quatro dias (a começar no dia 0). Na verdade muitos já estão em Lisboa há quase uma semana, e nem a chuva que chegou a cair fez esmorecer os ânimos.

Mais animados, ou mais habituados a grandes eventos, os elogios fizeram-se ouvir em várias línguas, mas as principais críticas acabaram por vir de portugueses, pouco confortáveis com a logística de um evento desta dimensão e as muitas filas, restrições de acesso a várias áreas do imenso recinto em que a Web Summit transformou esta zona da Expo.

Sim, não é simpático ter de usar o metro sobrelotado, sair e ter de percorrer toda a FIL para ir para o Meo Arena, mas as regras são para cumprir, sobretudo porque a organização é irlandesa e não portuguesa. O Wi-Fi nem sempre funcionou a 100%, e gerou um Wi-FiGate, apesar de muito elogiado pela organização,  mas pelo meio estiveram ligados mais de 67 mil equipamentos únicos, e descarregados mais de 20 Terabytes de dados, o equivalente a 30 anos de uso constante da internet para um utilizador “normal”.

Por todo o lado se partilhavam fotografias, e vídeos live, para além da app e das mensagens que estabeleceram ligações entre os participantes. Foram mais de 1 milhão de sessões Wi-Fi e 1,835 milhões de mensagens enviadas na aplicação que servia de guia de orientação aos participantes.

E a cobertura noticiosa foi estrondosa, em Portugal e não só. Tudo a fazer justiça à dimensão alcançada pelo Web Summit, com os 53 mil participantes a que se juntaram mais de 19 mil jovens com bilhetes a custo reduzido. E Paddy afirma que um dos grandes motivos de orgulho é que destes 42% são mulheres ”o que é o maior número em conferências de tecnologia”, e que embora seja um pequeno passo é importante para o desafio de tornar o sector mais inclusivo.

Do lado dos empreendedores, entre Starts, Alpha e Beta o sentimento geral é positivo, mas há também que não tenha  ficado muito impressionado e tenha a noção de que não conseguiu explorar muito bem o evento. Só 1 dia de exposição é pouco e é muita gente, com “as pessoas sempre apressadas para ir para algum lado”.

Do lado da organização já tinham avisado que mesmo entre os selecionados (de entre milhares de candidatos) não havia garantia de sucesso. “As empresas têm de lutar muito para conseguir vencer” e na preparação está uma grande parte da fórmula, porque não basta ter uma boa ideia.

Não se pode dizer que as startups e empreendedores não tiveram muito espaço de palco, a começar logo no primeiro dia, somados aos muitos PITCH que foram feitos e as Office hours e Mentor Hours que  voluntários disponibilizaram para apoiar as empresas e responder às perguntas.

Os três vencedores dos PITCH estiveram no palco central a apresentar as suas ideias, mais ou menos sustentadas, e o vencedor foi a Kubo robot, que veio da Dinamarca e garante que mesmo nas primeiras fases, e se não tivesse chegado à final, tinha conseguido beneficiar de ter estar no Web Summit. "Estamos orgulhosos", garante depois de ter dito que não estava muito confiante mas que deve ter feito alguma coisa boa.

E no próximo ano?

Paddy Cosgrave já garantiu que quer fazer o evento crescer, com 80 mil participantes, alargar o espaço ocupado na Expo e ter ainda mais mulheres. Mas sem perder o foco nas startups. Em resposta ao TeK na conferências de imprensa explica que o evento se transformou e que se no primeiro ano duplicar os 400 participantes em Dublin parecia um desafio, agora nada indica limites. “Temos mais CEOs a participar e uma maior diversidade, e isso é bom, porque as startups conseguem encontrar mais resposta para as suas necessidades específicas nos vários sectores”.

E o que está a pensar melhorar para o próximo ano? Paddy diz que agora só quer encerrar o Web Summit 2016 e voltar para casa e para a família, e o bebé de poucos dias que não vê há uma semana. Depois pensa nisso, mas todas as sugestões são bem vindas.

Veja, ou reveja, a reportagem em fotos realizada pela equipa do TeK e recupere todas as notícias escritas sobre o Web Summit. No próximo ano há mais!

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