A retoma da vida social, naquele que é o “novo normal”, obriga a ter cuidados adicionais quando se sai à rua. E com o início da época balnear, no próximo dia 6 de junho, será necessário redobrar as atenções para respeitar o distanciamento social e fazer uma utilização segura das praias. Nesse sentido, antes de planear deslocar-se a uma praia, será fundamental estar informado sobre o seu estado de ocupação.

A Agência Portuguesa do Ambiente já tem uma app, a Info Praia, que será a aplicação oficial, mas a  “Posso Ir?” e a Deco Proteste, no âmbito da Tech4Covid19, têm outra proposta que pretende dar informações aos utilizadores. Os dados sobre o nível de ocupação das praias são fornecidos pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), tendo como base as informações apresentadas pelos respetivos concessionários das praias.

A aplicação beneficiou do financiamento da Fundação Gulbenkian e Fundação EDP, inserido nos projetos de mitigação dos efeitos da COVID-19.

Através da app, os utilizadores podem consultar e reportar o nível de ocupação dos estabelecimentos comerciais e espaços públicos, evitando assim a visita aos que registam maior afluência. Segundo as entidades, a aplicação começou por funcionar de forma comunitária, baseando-se apenas em informações reportadas pelos utilizadores. O projeto conta agora com a participação dos próprios estabelecimentos. Para tal, os gestores dos espaços registam-se, sem custos, e reportam de forma regular o nível de ocupação e horários de funcionamento.

Além da informação oficial sobre a taxa de ocupação das praias, a app informa ainda sobre o nível de qualidade da água, o histórico de ocupação, dados sobre a existência de bandeira azul, assim como a respetiva vigilância, entre outras infraestruturas disponíveis. Os utilizadores daltónicos podem beneficiar de indicadores visuais para ajudar na navegação.

A app “Posso Ir?” está disponível gratuitamente em versões iOS e Android.

Segundo é referido no comunicado, a app agrega neste momento mais de 45 mil estabelecimentos comerciais e 600 praias. A iniciativa já se expandiu além-fronteiras, com a app a ser lançada na Espanha e Eslováquia.  “O próximo passo é conseguir uma maior participação dos lojistas, gestores de praias e restaurantes, e a colaboração das autarquias, juntas de freguesia e das instituições governamentais” refere João Lobato, um dos fundadores do projeto, destacando a importância da informação oficial da ocupação dos espaços para ajudar os portugueses a regressarem a um novo nível de normalidade.