A Uber é uma empresa de amor-ódio. Por ter trazido uma disrupção ao mercado dos transportes públicos privados conquistou utilizadores um pouco por todo o mundo, mas já lá diz o ditado que ninguém consegue tamanho sucesso sem também amealhar alguns inimigos pelo caminho.



A startup norte-americana é atualmente a segunda jovem empresa mais valiosa do mundo – apenas é suplantada pela Xiaomi, mas consegue ficar à frente do Instagram – e 2014 foi um bom ano de acordo com a mais recente publicação da Uber no blogue oficial.



Ficam alguns acontecimentos que marcaram o ano da empresa pela positiva:



- 140 milhões de viagens realizadas em mais de 50 países um pouco por todo o mundo;

- a empresa diz que graças ao seu serviço e a outros semelhantes que os níveis de condutores sob o efeito de alcool e drogas diminuiu nas estradas;

- mais de meio milhão de pessoas assinaram petições que apoiam o ridesharing, a tendência de chamar um veículo de transporte pelo telemóvel e que também permite a partilha de despesas;

- a parceria anunciada com o Spotify;

- a empresa garante que serviços como os seus estão a ajudar a tirar milhares de veículos das estradas;

- foram distribuídos mais de 250 mil gelados em todo o mundo na iniciativa UberICECREAM;

- a empresa conseguiu doar cinco milhões de refeições para uma causa solidária (e ajudou a AMI em Portugal)

Dito assim o ano de 2014 foi realmente memorável para a empresa. E positivo. Mas 2014 foi muito mais do que isso para a Uber – foi um ano de polémicas e essas também são relembradas pelos utilizadores.



O TeK faz agora o contra-peso do ano positivo da tecnológica norte-americana ao destacar algumas das notícias que colocaram em causa o serviço de transportes:



- Taxistas europeus em protesto contra o crescimento das aplicações de partilha de carros

- Representantes dos táxis portugueses também estão contra serviços como o Uber

- ANTRAL acusa Uber de concorrência desleal e promete ir à luta

- Uber é proibido na Alemanha e pode pagar multa de 250 euros por cada passageiro

- Onde entram os utilizadores na guerra entre a Uber e os jornalistas?

- Espanha proíbe Uber

- Bélgica também planeia levar Uber à justiça

- IMT admite que serviços da Uber podem violar legislação



Pelo positivo e pelo negativo, 2014 foi sem dúvida o ano da Uber. Os leitores podem ainda recordar o teste comparativo que o TeK fez a quatro aplicações de "táxi".


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico