Com data de 8 de agosto, a carta a que o Business Insider teve acesso pede ao criador da app para “deitar a abaixo” o Who's in Town, uma aplicação que lhe permite verificar a localização atual e passada de utilizadores com uma conta pública do Instagram.

O mapa interativo é possível através da recolha de dados partilhados de forma voluntária pela comunidade da plataforma nas histórias ou publicações e agora o Facebook vem pedir que “estas atividades parem imediatamente”.

Na carta que o criador da app partilhou com o site, o Facebook afirma que a aplicação “recolhe dados de localização do Instagram sem permissão”, alertando também para outra violação, desta vez relacionada com os nomes de utilizadores e as senhas.

Tendo em conta que a aplicação foi noticiada pela primeira vez pelo WIRED em julho deste ano, não está ainda claro por que razão o Instagram esperou cerca de um mês para fazer este pedido a Erick Barto.

Mas, segundo um porta-voz do Facebook citado pelo Bussiner Insider, a plataforma bloqueou o Who's in Town depois de terminar uma investigação na semana passada, que determinou a violação das políticas do Instagram.

Desde a sua criação, Who´s in Town tem estado rodeado de polémica, devido à questão da privacidade dos utilizadores e agora a plataforma parece estar a apostar na proteção de dados dos seus utilizadores.

De acordo com o fundador da app, Erick Barto, e citado pelo WIRED, a aplicação foi criada com o objetivo de "ilustrar a riqueza de dados confidenciais que os utilizadores partilham de forma voluntária". Por outro lado, o Who´s in Town pretende também demonstrar os problemas com os dados e a sua privacidade.

A ameaça legal surge depois de o Business Insider revelar que a startup americana Hyp3r estava a recolher milhões de dados de utilizadores de Instagram e a rastrear as suas localizações. Mas, enquanto a Hyp3r utilizou os dados recolhidos para fins publicitários e de marketing, o Who's in Town é direcionado para pessoas comuns que querem ter acesso à localização dos seus contactos.

A Hyp3r também recebeu um aviso de "cessar e desistir" e, posteriormente, bloqueou a sua plataforma. Um porta-voz do Instagram recusou a comentar se a empresa também enviou avisos de cessação para outros developers além do Hyp3r e Who's in Town.