Mantendo a sua já habitual tagline “Seamless AI Life”, a Huawei continua a investir no seu ecossistema operativo para os seus equipamentos. E cada vez mais parece afastar-se da sombra dos Google Services e do sistema operativo Android, com a introdução dos seus próprios serviços. Aquele que era o “Plano B”, a expansão do seu ecossistema Harmony 2.0 é cada vez mais a prioridade da fabricante, uma decisão informada em setembro, depois de muitos meses em “guerra” com a administração de Donald Trump para tentar ultrapassar as sanções comerciais impostas, mesmo que não assuma definitivamente o compromisso de abandonar o Android.
No road map da empresa, a Huawei vai abraçar definitivamente o HarmonyOS nos seus smartphones em 2021, e tal como prometido para o mês de dezembro, a versão 2.0 do seu sistema operativo já chegou a beta e foi disponibilizado aos developers. Até agora, numa primeira fase, o sistema operativo chegou às televisões e smartwatches.
A Huawei pretende chamar para o seu ecossistema cada vez mais developers e estúdios de produção, abrindo-lhes o acesso às capacidades do HarmonyOS 2.0, as respetivas APIs para a construção de novas aplicações, assim como ferramentas poderosas de inteligência artificial no contexto Seamless AI Life, em que os equipamentos inteligentes podem interagir entre si.
Durante a apresentação e lançamento do HarmonyOS 2.0 no Huawei Developer Day Beijing 2020, Wang Chenglu, presidente do Consumer Business Group Software Engineering Department, afirmou que o sistema operativo é um grande marco, tendo redefinido como as pessoas e os equipamentos interagem entre si em todos os aspetos da sua vida diária. “O HarmonyOS vai criar super-equipamentos que utilizam as aplicações mais enriquecidas de sempre, assim como serviços transformadores da nossa vida”, citado pela imprensa chinesa.
A visão da Huawei é a criação de experiências em múltiplos equipamentos alimentados por inteligência artificial e a velocidade das ligações 5G. Salienta mesmo que mais de 120 developers mainstream de aplicações já tornaram o HarmonyOS o seu sistema principal, dando o exemplo de nomes como JD.com, China UnionPay, Youku Video e a iFlytek.
Essa interação entre múltiplos equipamentos, nomeadamente um smartphone e um smartwatch da marca, que juntos permitem gerir o pedido de um táxi, sem retirar o telefone do bolso, observando a chegada da viatura a partir do ecrã do relógio. Dinâmica semelhante para a realização de compras online, cada vez mais rápidas e descomplicadas.
Mas se há algo que a Huawei parece querer encorajar os developers é a libertarem a sua imaginação e apresentar novas e promissoras ideias para experiências mais inteligentes para os utilizadores. Até porque o HarmonyOs irá tornar-se open source no futuro, para que abrace ainda mais equipamentos e sistemas, na visão da fabricante chinesa.
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