Como poupar dinheiro durante a Cyber Monday, sugestões de receitas para o jantar, novos hobbies e até questões mais filosóficas sobre o relacionamento entre humanos e agentes de inteligência artificial. Estas são algumas das conversas que mantivemos hoje com a app do ChatGPT, ainda na versão 3.5, grátis, mas já com a nova funcionalidade de "mãos livres", com a conversa puramente suportada por voz, perguntas e respostas.
O sistema não é ainda perfeito mas dá para manter uma conversa agradável, com respostas e sugestões interessantes, mantendo o contexto do que se está a falar e desenvolvendo as respostas à volta disso. Depois de uma sugestão para fazer alguns projetos em Origami, entre outros temas, o ChatGPT despediu-se desejando uma boa noite e sucesso na preparação do novo hobby, algo que outras assistentes digitais ainda não fazem.
Já conversámos com muitos destes agentes inteligentes, numa lista onde até o velhinho clip da Microsoft entra, e muitas vezes é a descontextualização, e a perda de "fio" da conversa, que acabam por não ser encorajadoras de maior interação. Isso e a dificuldade de reconhecer idiomas, mesmo o português em algumas palavras e expressões.
Até agora o ChatGPT reconheceu todas as palavras, mesmo misturando termos mais complexos, deu respostas educadas com sotaque de português do Brasil, que foi ajustando automaticamente para "aportuguesar" as respostas quando notámos as diferenças.
Pode definir o idioma de utilização, ou escolher a deteção automática, e a "personalidade" da voz de resposta. E as poucas falhas registadas na interação foram de algum "aceleramento" no discurso em respostas curtas. De resto, parece-nos algo com que podemos manter conversas numa viagem mais longa de carro, com temas mais filosóficos, ou em questões operacionais, como sugestões rápidas de compras, receitas ou exercícios de treino ao ar livre.
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E a privacidade? É um tema com que vale a pena preocuparmo-nos, até porque ninguém quer que esta "memória" venha a ser usada eventualmente no futuro, depois de inscrita numa base de dados com o seu registo. Sobretudo se tiver questões mais sensíveis para colocar, ou quiser fazer algumas perguntas marotas para perceber como reage o ChatGPT. Mas também há forma de resolver isso.
A OpenAI vai atualizar os termos de utilização da aplicação a partir de 14 de dezembro mas tem um portal de privacidade onde pode pedir para o modelo não ser treinado com os seus dados, e também apagar a conta e todos os registos existentes. Basta seguir este link.
A aplicação oficial ChatGPT da OpenAI foi atualizada a 23 de novembro na app Android e 18 de novembro na app iOS e pode ser descarregada gratuitamente da loja Google Play ou da App Store. Se quiser avançar para a versão premium, que dá acesso a mais funcionalidades, pode pagar diretamente o custo de 22,99 euros se tiver o iPhone ou iPad, mas para Android tem de fazer a assinatura diretamente no site da OpenAI.
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