O The New York Times anunciou, esta segunda-feira, que decidiu terminar a sua parceria com a plataforma noticiosa da Apple. Os artigos deste órgão de comunicação social já não fazem parte dos conteúdos informativos apresentados pelo serviço.
O jornal norte-americano não só considera que a parceria contribuiu pouco para o desenvolvimento de uma relação mais próxima com os leitores, como diz ainda que lhe foi dado pouco controlo sobre a forma como essa relação era estabelecida. A empresa espera conseguir redirecionar os utilizadores para o seu próprio site, de maneira a continuar o seu "investimento no jornalismo de qualidade".
Em resposta, a Apple emitiu um comunicado onde afirma que o Times apenas facultava "algumas stories por dia", pelo que continuará a providenciar informação fiável, cedida por milhares de outras publicações. Em adição, a gigante tecnológica escreve que também ela continua comprometida com o financiamento "do jornalismo de qualidade, através de modelos de negócio como a publicidade, as subscrições e as vendas".
O jornal escreve ainda que a indústria da informação tem tido uma relação atribulada com Silicon Valley. "Empresas como a Google e o Facebook têm dizimado as vendas de publicidade dos jornais, dado que eliminaram a posição intermediária dos sites de notícias ao posicionarem as suas próprias páginas como principais plataformas de consumo de informação", explica.
A publicação acrescenta que nunca conseguiu gerar receitas substanciais no serviço, mesmo apesar de este contar com 125 milhões de leitores por mês. O facto de a Apple ficar com 30% de cada subscrição vendida através da plataforma, contribui para a insatisfação do Times.
Já em 2019, Mark Thompson, chefe executivo do The Times, dizia, em entrevista à Reuters, que a empresa não se sentia totalmente confortável com a ideia de habituar o público a encontrar o seu trabalho noutros sítios que não os seus próprios meios. Atualmente, a empresa tem conseguido equilibrar a balança de receitas geradas entre subscrições e publicidade, tendo já mais de seis milhões de assinantes digitais.
Note que ainda poderá encontrar os artigos do The New York Times no Google News que, ao contrário do serviço da Apple, reencaminha os leitores para as plataformas das próprias publicações.
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