Não sou propriamente “novata” na utilização da aplicação e conheço bem a app desde o início dos serviços em Portugal. A verdade é que tem sido muitas vezes utilizada no modo “profissional” e até no “modo família”, mas para esta experiência da Corrida mais Lousa do SAPO TEK criei um novo perfil Uber, e tive algumas dificuldades adicionais.

Uma delas foi o registo do perfil empresa, com número de contribuinte, uma das exigências do teste. Afinal só é possível no browser, e os links habituais estão agora bloqueados, o que fez com que perdesse algum tempo à procura da solução. A verdade é que teria desistido e procurado um outro serviço, ou optado pelo tradicional Táxi, se não tivesse esta missão a cumprir.

Encenámos a “corrida mais louca” em Lisboa. Só com a ajuda de apps de mobilidade (e em segurança)
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Ao fim de algumas voltas, pesquisas em motores de busca e na própria área de ajuda da aplicação, lá consegui configurar a app para poder chamar um Uber ao mesmo tempo que os outros elementos da “Corrida mais louca” organizada pelo SAPO TEK. E o resto foi tudo fácil, mesmo perceber a diferença entre os vários modelos de serviço: UberX, UberBlack e Uber Green.

Optei por um UberX porque o objetivo era ter o preço mais baixo e a oferta mais similar à das outras apps para ser comparável, e o intervalo de preço apontada fixava-se entre os 4 e 6 euros, um valor bastante razoável para atravessar a cidade à hora de almoço, num dia de semana. Só que é uma estimativa, e o valor final ficou um bocado acima.

Relógios sincronizados,  todos carregámos ao mesmo tempo na chamada para a morada pré-definida. Mas a minha app não estava a localizar de forma exata o ponto de partida. Culpa minha que tenho habitualmente a localização exata desligada, mas foi um acerto rápido. Não tão rápida foi a chegada do carro.

Até estava a apenas 2 minutos de distância, mas depois acabou por demorar 6 minutos, e tudo somado fui mesmo a última a partir da redação. Mas esse tempo foi recuperado, até porque aqui a experiência conta.

A localização do carro foi fácil, com a matricula e modelo do carro e nome do condutor, e a recepção amável habitual. Quando entramos no carro o condutor recebe a informação do destino e não é preciso dar explicações, mas desta vez não tive sugestões de música que gostaria de ouvir ou a temperatura do ar condicionado. Mas houve uma mais importante. O motorista perguntou-me por que caminho gostaria de ir, dizendo que a aplicação estava a recomendar-lhe uma volta maior, pela Avenida de Ceuta e por Alcântara. Disse-lhe que essa não seria a minha primeira opção mas que confiava no Waze. E fizemos bem.

Durante a viagem, que durou cerca de 18 minutos, conversámos sobretudo sobre a forma como o serviço está a ser encarado pelas autoridades. “Carlos” disse que atualmente a situação é mais fácil mas que há ainda alguns problemas. A empresa onde trabalha faz muitos transfers turísticos mas nas apps de mobilidade só trabalham com a Uber, apesar de conhecer outros motoristas que trabalham para duas plataformas, habitualmente a Taxify e a Uber.

O modelo de taxa de serviço e de chamada, e os custos de anulação, foram também tema de conversa durante a viagem, respondendo às minhas “dúvidas” quanto à forma de aplicação da tarifa dinâmica, que faz com que o preço final varie em relação ao intervalo definido em função da duração da viagem e da procura.

Ao fim de cerca de 18 minutos estávamos no destino, e a verdade é que o valor ficou acima do intervalo definido: quase 8 euros, a que ainda acrescentei 50 cêntimos de gorjeta. A avaliação ao motorista foi de 5 estrelas, mas a pontuação final ao serviço no teste do SAPO TEK ficou pelos 8 pontos em 10, onde contou a dificuldade inicial na configuração do serviço e o custo, que foi mais elevado do que era esperado.

Veja o vídeo com a experiência completa da equipa do SAPO TEK.