Desde há muito que abrir uma conta bancária era um processo que dava mais trabalho do que aquele que seria, de facto, necessário. As pessoas tinham de se deslocar ao banco, levar papeis consigo, assinar uns quantos mais e tinha mesmo de ser tudo feito presencialmente. Esta terça-feira o cenário mudou.
O Banco de Portugal aprovou a utilização de videoconferências para facilitar este processo, passando o utilizador a poder realizar todas as etapas para abrir uma conta através deste método. O banco Atlântico Europa é o primeiro em Portugal a disponibilizar este serviço que, segundo Diogo Cunha, presidente da Comissão Executiva do banco, “permite desburocratizar o processo que é feito em, mais ou menos, 15 minutos”.
A abertura de conta é feita em duas etapas: preenchimento e fornecimento dos documentos e da informação básica; identificação e confirmação de dados e documentos.
É utilizada a plataforma ID Now, especializada em vídeo identificação e validação de assinaturas, para fornecer o controlo do dispositivo (neste caso, do smartphone). A operadora que vai auxiliar o utilizador vai pedir para que sejam confirmados determinados dados fornecidos, vai trocar as câmaras do smartphone para poder confirmar os documentos e até mesmo ligar o flash do equipamento para verificar a veracidade do cartão do cidadão.
Todo o processo é feito na aplicação do banco e o processo de criação de conta online está, para já, disponível das 8h às 22h. “Os nossos planos são de alargar o serviço de forma a que esteja disponível 24h por dia”, esclareceu Pedro Leitão, administrador do banco.
O banco Atlântico tem o sistema aprovado em oito países europeus (Portugal, Reino Unido, Alemanha, França Espanha, Itália, Holanda, Áustria e Irlanda) e o processo estava pronto e a ser testado desde 9 de junho, altura em que o utilizador teria apenas de finalizar o processo ao receber um estafeta por parte do banco para confirmar os documentos. Desde esta data até à atualidade, 150 pessoas utilizaram o serviço para abrir conta.
A assinatura dos papeis continua a ser obrigatória, mas passa a ser utilizada a assinatura eletrónica qualificada para o efeito. A operadora pede que assine uma folha durante a videochamada (enquanto ela assiste) e depois tira uma fotografia através da aplicação.
“Esta pode ser uma mudança de paradigma em todo o processo”, disse na apresentação do serviço Diogo Cunha, “é como abrir uma caixa de Pandora e podermos ter utilizadores de qualquer parte do mundo”.
A chamada de vídeo só será validada se for feita em tempo real, sem interrupções, com indicação de data e hora e com o consentimento do cliente.
A internet tem estado envolvida na vida das pessoas um pouco por todos os setores e o medo de “mexer em dinheiro” online tem vindo, cada vez mais, a diminuir. Os serviços de banca online são utilizados por mais de 2,5 milhões de cidadão em Portugal, ou seja, 30,3% dos residentes continentais e a 35,5% dos portugueses que têm conta bancária.
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