Chama-se Smartphone for Snapdragon Insiders e é apresentado como um pacote "premium" para experiências de mobilidade e alia a tecnologia da Qualcomm, em particular com a plataforma Snapdragon 888 5G, à experiência da Asus no desenho de telemóveis.

O resultado é um equipamentos que tem todas as especificações para ser um marco entre os topo de gama dos smartphones, piscando o olho aos gamers e artilhado com tudo o que se espera num equipamento desta gama em 2021: Android 11, 5 G e Wi-Fi 6/6E, um ecrã de 6,78 polegadas OLED com taxa de refrescamento de  144 Hz, 512 GB de armazenamento, 16 GB de RAM, sensor de impressão digital e carregamento rápido, apesar da bateria ser apenas de 4.00 mAh. O bónus para os fãs é um logo Snapdragon que brilha na traseira do smartphone.

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Ao contrário do que seria de esperar, o processador não é o mais rápido da Qualcomm, que recentemente anunciou o Snapdragon 888 Plus, e o preço de 1.500 dólares coloca a fasquia bastante alta, mesmo para os fãs da marca. Especialmente porque uma das peças prioritárias - a função da fotografia - parece aquém da concorrência.

O Smartphone for Snapdragon Insiders tem um arranjo de três câmaras traseiras, semelhante ao usado em smartphones da Asus e em especial no ZenFone 7 Pro, com uma câmara principal com sensor Sony IMX686 de 64 Mp. A grande angular é também de um senso Sony, com 12 megapixéis, e há ainda uma telefoto de 8 Mp com zoom óptico de 3 X. A câmara frontal tem um sensor de 24 megapixéis. A qualidade do vídeo é 8K a 30 frames por segundo.

O smartphone vai ser um  dos primeiros a suportar a nova tecnologia de classificação de som Snapdragon e vem acompanhado de uns auriculares também personalizados, os MW08.

No geral o Smartphone for Snapdragon Insiders acaba por não se distinguir no competitivo terreno dos smartphones Android, nem diferenciar-se em termos de tecnologia quando grande parte dos modelos já têm chipsets Snapdragon por dentro.

O preço de 1.500 dólares e a restrição da venda na plataforma que a Qualcomm criou para a comunidade Snapdragon mostra que a iniciativa é limitada, com o smartphone a começar a ser comercializado em agosto nos Estados Unidos, China, Reino Unido e Alemanha

Mas este pode ser um primeiro passo da Qualcomm no mundo dos telemóveis e uma experiência que pode levar ao desenvolvimento de uma nova marca. Foi o que fez a Microsoft que depois de uma parceria com a Nokia, e de ter comprado a divisão dos smartphones da empresa finlandesa em 2013, agora tem os seus Surface Neo e Duo e passou de vender só software para ser um ator relevante no hardware.