Nos próximos tempos os consumidores da Índia vão poder adquirir telemóveis inteligentes do programa Android One: são smartphones de baixo custo, a rondar os 100 dólares, e que apresentam especificações medianas. Estes dois factores não chegam no entanto para definir uma nova categoria de equipamentos: a grande diferença está no cuidado que a Google vai prestar aos equipamentos.



Micromax, Spice e Karbonn são as três primeiras fabricantes a aderir ao programa. Todos os equipamentos vêm equipados com a última versão do Android no seu estado mais puro – sem personalização das empresas que constroem os dispositivos. E no futuro será a própria Google quem dará conta das atualizações de software.



De certa forma o Android One é igual ao programa Nexus, mas num nível de preço muito mais acessível. O objetivo é acelerar a adoção de telemóveis inteligentes – e de serviços Google – nos mercados em expansão.



E ao assegurar as atualizações de software, a Google está também a evitar que nos próximos tempos o Android venha a cair numa ainda maior fragmentação. Outros telemóveis low-cost vendidos no mercado acabam por ficar “esquecidos” pelos fabricantes ao nível do software.



Os novos Android One têm todos especificações semelhantes – ecrãs de 4,5 polegadas, processadores de quatro núcleos, 1GB de RAM, suporte para dois cartões SIM e rádio FM.



Esta é também uma estratégia que a Google decidiu escolher para combater o crescimento do Windows Phone nos mercados emergentes. No caso específico da Índia e de acordo com o The Verge, o Android One é a grande arma da Google para atacar o segundo maior mercado mobile a nível mundial.



Depois da Índia está previsto que o programa Android One chegue a países asiáticos como a Indonésia e as Filipinas.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico