Só com a chegada do iOS 7 é que a vulnerabilidade de segurança que permite piratear o iPhone e o iPad em 60 segundos, com o recurso a um carregador elétrico falsificado, fica resolvida. A informação foi revelada pela própria Apple à Reuters e serviu como uma admissão de que a falha é verdadeira.

No início de junho o TeK tinha dado conta da descoberta de três investigadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia. Com um carregador pirata baseado no Texas Instruments BeagleBoard, uma componente conhecida da comunidade open source e dos programadores, é possível injetar código malicioso através da entrada Lightning dos dispositivos da marca da maçã.

Durante a convenção de segurança Black Hat os três investigadores replicaram os resultados que já tinham comunicado à Apple no início do ano. Com um custo estimado de 45 dólares, cerca de 34 euros, e uma semana de trabalho é possível construir este tipo de carregadores.

Na experiência programaram o vírus para que ligasse para o número de um dos investigadores autores da descoberta, e o telemóvel executou a ação. Os três investigadores consideram que a esta falha explorada por piratas informáticos pode resultar em telemóveis que podem ser controlados e monitorizados à distância.

A tecnológica de Cupertino, através de um porta-voz, agradeceu a descoberta dos peritos. A beta do iOS que está disponível para programadores já tem o problema corrigido, mas os utilizadores com menos conhecimentos e que vão esperar pela atualização final só em setembro ou outubro devem ficar livres desta vulnerabilidade.

Os investigadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia disseram ainda que os Android estão imunes a este tipo de falhas já que o sistema operativo móvel da Google deteta e avisa o utilizador se está ligado a um computador ou a um terminal elétrico. A próxima versão do iOS vai ter a mesma capacidade.


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