Apesar de as autoridades não disporem de livre trânsito para aceder ao smartphone de um qualquer cidadão, as informações contidas nestes dispositivos podem, muitas vezes, ser a peça-chave na resolução de casos policiais. Um dos últimos exemplos chega-nos da Alemanha, onde um grupo de investigadores recorreu à conta da Apple Health de um suspeito para o deter por violação e homicídio.

De acordo com as autoridades, os registos de atividade física encontrados no smartphone do suspeito confirmavam a perpetração dos crimes de que este era acusado. O iPhone foi desbloqueado com a ajuda de uma empresa tecnológica alemã com sede em Munique, cujo nome não foi revelado.

A policia adianta que com a ajuda da aplicação foi possível perceber que o suspeito arrastou a vitima para uma margem do rio, esforçando-se depois para subir a margem de volta para a rua, uma vez que a app gravou estas duas situações como se o utilizador estivesse a descer e a subir escadas. Para confirmar as suspeitas, um dos detetives replicou os movimentos para confirmar se a aplicação responderia da mesma maneira. Neste caso, a resposta foi positiva.

Em adição, a polícia constatou ainda que o iPhone em causa contactou insistentemente com uma torre de sinal celular perto do local do crime. Estes dados foram utilizados para complementar outras provas existentes, como imagens de videovigilância e registos de localização armazenados pela Google.

Esta não é a primeira vez que os dados de uma aplicação de monitorização de atividade física são utilizados em tribunal, se bem que a utilização da Apple Health não é recorrente, uma vez
que os dados são armazenados de forma encriptada na iCloud.

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