Apple quer voltar a revolucionar o mercado com um dobrável. E não é um iPhone

A Apple estará a trabalhar num modelo dobrável que pode vir a ser o próximo grande conceito lançado pela marca. Há quem lhe chame iPad gigante, porque a ideia não é criar um Macbook híbrido nem substituir o iPhone.

iPad · Francois Hoang

A Apple estará a preparar-se para lançar um dispositivo dobrável em 2028, que terá o aspeto de um “iPad gigante”, assegura Mark Gurman, na newsletter que publica na Bloomberg. Segundo o jornalista, habitualmente bem informado sobre as novidades da Apple, a empresa está a trabalhar no conceito há alguns anos. A dona do iPhone acredita que a próxima grande “revolução” na sua oferta pode ser um equipamento que permita acomodar diferentes experiências de utilização. Um equipamento que consiga cativar os utilizadores pela qualidade de um ecrã generoso, que tanto pode servir necessidades profissionais como pessoais.

Segundo a informação, este novo equipamento será algo com um aspeto semelhante ao de dois iPads Pro lado a lado, quando estiver aberto, com um tamanho de ecrã próximo das 20 polegadas. Ter um ecrã contínuo, sem pregas, será uma das grandes conquistas das equipas de design industrial da Apple, a aplicar neste possível modelo. Recorde-se que as pregas nos ecrãs dobráveis têm sido uma das grandes “pedras no sapato” deste tipo de formato, que algumas marcas têm tentado contornar juntando dois ecrãs, em vez de procurar fazer um único ecrã com os dois lados do dobrável quando está aberto. A Samsung é um dos fabricantes que também tem insistido no conceito do ecrã contínuo e que tem feito grandes avanços nessa área.

Mark Gurman defende ainda que, embora um modelo com estas características vá posicionar-se entre o conceito de iPad e de MacBook, a Apple não deverá optar por equipá-lo com o macOS. Sugere que o sistema operativo do eventual “iPad gigante” será antes uma versão mais evoluída do iPad OS, já capaz de correr aplicações para macOS.

A par destes desenvolvimentos, que em breve deverão resultar nos primeiros protótipos, segundo a mesma fonte, a Apple continua a trabalhar num iPhone dobrável, não sendo previsível que o lance antes de 2026. Este projeto é diferente do que referimos antes e o objetivo da marca não é canibalizar nem este formato, nem o do Macbook com o lançamento de um dobrável ao estilo dos iPads atuais, mas maior.

No que se refere a um possível novo iPad de grandes dimensões, recorde-se que na passada semana também a Omdia, uma empresa de estudos de mercado, antecipou que a Apple deve evoluir para um modelo com ecrã de 18.8 polegadas, dobrável com painel de ecrã único, em 2028 ou depois disso.

Mark Gurman assegura ainda que no próximo ano a Apple vai lançar um nova versão da AirTag, com um novo chip de banda ultralarga que vai aumentar o alcance de localização do dispositivo. Neste momento esse alcance varia entre os 10 e os 30 metros, a nova versão vai triplicar essa ordem de grandeza.

Há ainda detalhes no mesmo artigo sobre as próximas novidades da marca da maça no segmento dos relógios inteligentes. O próximo Ultra 3 deverá suportar conectividade por satélite (como já existe no iPhone) e deteção de hipertensão. Esta funcionalidade, que a Apple tem vindo a desenvolver aos longos dos últimos anos, acrescenta à possibilidade de medir a tensão arterial alertas, caso o dispositivo identifique indicadores de hipertensão. A Apple estará ainda a trabalhar num renovado Magic Mouse.