Os componentes que compõe o Samsung Galaxy S5 e a sua montagem custam no total 256 dólares, cerca de 185 euros, dando depois origem a um equipamento que em Portugal é vendido nas operadoras por 640 euros em tarifário pré-pago e por 740 euros no mercado livre.



Apesar de o custo de fabrico ser maior – é preciso ter em conta os valores pagos pelo software pela distribuição e pelo marketing -, os analistas dizem que a tecnológica sul-coreana tem uma grande margem de lucro por cada dispositivo vendido.



Surpreendentes são os valores dos elementos novos do telemóvel – o leitor de impressões digitais custa quatro dólares, perto de 2,90 euros, e sensor de batimentos cardíacos custa um dólar e meio, cerca de 1,10 euros.



De todos os componentes o ecrã de 5,1 polegadas do Galaxy é o mais caro, custando 63 dólares, enquanto o armazenamento interno e a memória RAM valem cerca de 33 dólares.

O analista da IHS Andrew Rassweiler, citado pelo Re/Code, considera que a Samsung tem gastado mais dinheiro na produção dos seus telemóveis topo de gama. Ultimamente o custo dos componentes ronda sempre os 250 dólares, quando anteriormente o custo da eletrónica situava-se nos 200 dólares.



A mesma empresa de análise concluiu no ano passado que o iPhone 5s, o topo de gama da Apple, tem componentes que valem em conjunto 199 dólares, cerca de 145 euros. Quer isto dizer que ao nível de hardware o Galaxy S5 fica mais caro, algo que se justifica em parte só com as diferenças de ecrã.



Mas por exemplo, o sensor de impressões digitais do iPhone 5s custa 15 dólares, mais 11 dólares do que o do Galaxy S5.



Andrew Rassweiler que fez uma análise às entranhas do topo de gama da Samsung deixou ainda palavras pouco simpáticas ao equipamento: “Não existe nada realmente de especial lá dentro (…) não há avanços, não existe nada que faça a Terra tremer”.


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