Alguns congressistas norte-americanos estão desagradados com as resposta dadas pelas Google relativamente às preocupações dos governantes sobre as políticas de privacidade dos Google Glass.

O representante do estado do Texas foi um dos mais críticos à atitude da gigante dos motores de busca. Joe Barton diz que houve questões que foram respondidas de forma inadequada e outras nem sequer tiveram direito a uma resposta.

A atitude da Google está a condicionar os Glass, na opinião do congressista, que considera os óculos inteligentes como um produto com potencial para mudar a forma como as pessoas comunicam e interagem. Joe Barton considera que os direitos das pessoas e a sua privacidade devem ser protegidos acima de tudo.

As reações são um resultado às respostas da Google a uma carta de oito congressistas norte-americanos, na qual eram expostas determinadas preocupações de privacidade relacionadas com a utilização dos Google Glass. Os governantes procuraram saber até que ponto a tecnologia de reconhecimento facial seria explorada no equipamento e até onde poderia invadir a privacidade do cidadão alheio.

A Google defende-se ao dizer que a privacidade das pessoas é uma prioridade de topo para a empresa e que o facto de a gravação de vídeos e captação de fotografias só ser possível através de ativação por voz, é um exemplo de como o dispositivo foi pensado para não ser disfarçadamente intrusivo.

Todos os ficheiros do Google Glass vão poder ser geridos à distância - neste caso, eliminados em caso de roubo ou perda - o que garante que conteúdos que tenham imagens de terceiros podem ser salvaguardados no sentido de limitar a sua disseminação, escreve o ZDNet.

A questão da privacidade dos Google Glass está longe de terminar: recentemente, trinta e sete autoridades de proteção de dados, incluindo Portugal, assinaram uma carta enviada à Google onde pedem explicações sobre os óculos inteligentes.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico