Há duas características que definem a nova gama de tablets da Asus que vai estrear nos próximos dois meses em Portugal: todos têm um processador Intel de 64-bits e todos vêm equipados com um interface de utilizador significativamente diferente daquele que a tecnológica vinha a usar.



O responsável de marketing da Asus Portugal, André Gonçalves, disse durante a apresentação que a nova experiência de utilização, chamada Zen UI, introduz mais de mil alterações relativamente à versão Android que a empresa apresentava até aqui nos seus equipamentos.



Quase todos os aspetos, funcionalidades e aplicações nativas do sistema operativo foram revistos. André Gonçalves destacou o facto de agora o software aprender com os hábitos de utilização e de permitir uma maior ligação às redes sociais, a outros equipamentos e a outros serviços.



“É um sistema operativo mais moderno, mais minimalista e que permite identificar rapidamente o que queremos fazer”, explicou o representante da empresa.

[caption]Zen UI[/caption]

Há uma aplicação de cartões sugestivos, o What's Next, que se assemelha ao Google Now. Há também o Do It Later, uma aplicação de produtividade que pode agregar vários conteúdos – desde imagens a páginas Web – que o utilizador guarda para ver quando tiver mais disponibilidade. O Remote Link e o PC Link permitem usar os dispositivos móveis como controlo remoto de apresentações ou como fonte de conteúdos para um portátil.



Há também o Omlet Chat, um sistema de conversação “seguro”, e o PixelMaster, a renovada aplicação da câmara fotográfica que traz novos modos de captura de imagens, vídeos e panorâmicas.



São dois tablets Memo Pad, a terceira geração do Phonepad e ainda três modelos do Transformer Pad os equipamentos que vão ter em primeiro lugar o Zen UI. Os dispositivos vão ficar em pré-reserva na loja online da Asus, mas vão chegar todos ao retalho entre o final de julho e o final de agosto.

A Asus também promete trazer o Zen UI para todos os equipamentos antigos que receberem a atualização para o Android KitKat.



Como os leitores podem ver na galeria, os equipamentos permitem que a Asus explore diferentes níveis de preço e “atinja” diferentes utilizadores – tablets para os que precisam de maior portabilidade, os 2-em-1 para quem procura mais produtividade e o Phonepad para quem quer ter num só equipamento um smartphone e um tablet.



O responsável da empresa, André Gonçalves, não precisou o desempenho que a Asus está a ter no mercado português de tablets. Apenas falou em resultados “muito bons” e no objetivo que a empresa tem em ser líder no segmento das sete polegadas.



Porque é que quero e preciso de um processador de 64-bits no tablet?



A discussão foi lançada quando a Apple apresentou o iPhone 5s, dizendo que o chip A7 tinha uma arquitetura de 64-bits. Muito se falou sobre os benefícios ou sobre o efeito “placebo” que esta especificação técnica teria nos dispositivos móveis. Isto porque para os 64-bits serem potenciados, recomenda-se o uso de uma memória RAM condizente e que seja no mínimo de 4GB.



Mas como explicou ao TeK o gestor de marketing da Asus Portugal, André Gonçalves, a aposta que a empresa está a fazer tem outro motivo. É um facto que os novos tablets Asus não apresentam 4GB de RAM, mas está a ser feita uma antecipação ao que pode acontecer no segmento dos dispositivos móveis.



No futuro, não muito distante, os sistemas operativos podem ser apenas compatíveis com processadores de 64-bits. André Gonçalves explicou que enquanto o Android L deve manter a mesma arquitetura, nada impede que o Android M apenas seja compatível com chips de arquitetura mais potente.



A evolução dos dispositivos e dos sistemas operativos móveis tem sido muito grande e a Asus apenas quer estar preparada para o que aí pode vir.

Nota de redação: foi reescrita uma frase para clarificar a preferência de uma memória RAM mais elevada quando os processadores são de 64-bits

Rui da Rocha Ferreira


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico