O candidato a telemóvel mais ético do mundo atingiu uma nova meta que tem tanto de simbólica como de importante para o futuro do equipamento. O consórcio de entidades que apoiam o desenvolvimento do Fairphone sempre disse que o dispositivo só seria produzido caso ultrapassasse as cinco mil unidades vendidas em antecipação, situação que aconteceu hoje.

À hora em que este artigo foi publicado tinham sido vendidos cerca de 5.360 Fairphone, numa altura em que ainda faltam oito dias para que a fase de pré-venda termine.

Com um preço de 325 euros, não são as especificações que devem convencer o comprador, mas sim a forma como o telemóvel é construído: usando componentes provenientes de zonas livres de conflitos armados, onde não existe exploração de mão de obra infantil e provenientes de minas certificadas.

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A fase de produção deve estar concluída nos últimos meses do ano, sendo que a altura do outono é apontada como a data para que os terminais sejam expedidos para os respetivos donos.

"As pessoas estão a investir na mudança, e estão a mostrar que coletivamente é possível abrir as cadeias de abastecimento e mudar a forma como os produtos são feitos", escreve em comunicado o diretor executivo da empresa holandesa Fairphone, Bas van Avel.

Numa primeira fase o consórcio vai produzir 20 mil smartphones e os primeiros subscritores da iniciativa e compradores antecipados vão receber uma versão limitada do telemóvel.


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