A vida do phablet da empresa sul-coreana tem sido uma autêntica "tragédia grega". Depois de ter interrompido a venda dos Galaxy Note 7 no início de setembro, a Samsung deu arranque aos programas de recolha dos dispositivos defeituosos.

Já tinham começado a ser expedidos alguns novos Galaxy Note 7, mas parece que os telemóveis que a Samsung descreveu como “seguros” realmente não o são. Ao longo dos últimos dias, foram registados vários incidentes relacionados com “baterias incendiárias”, ou seja, precisamente o mesmo problema que tinha afetado a primeira “fornada” de Note 7 e que causou prejuízos à Samsung, não apenas financeiros, mas também a nível reputacional.

As mais recentes queixas sugerem que a Samsung não foi bem-sucedida na resolução do problema das baterias dos seus phablets, e algumas operadoras norte-americanas e australianas já suspenderam a venda destes aparelhos.

Cintando fontes anónimas, a Reuters indica que a fabricante de Seul já interrompeu a produção dos Galaxy Note 7. Embora não se saiba ainda quando cessou a produção e as razões reais que estão por detrás desta decisão, não será uma surpresa para muitos, tendo em conta os problemas que têm assolado este phablet, que era considerado um “porta-estandarte”, mas que agora é tido como uma “mancha” na história da marca.

Recorde-se que a Samsung planeava retomar as vendas do Galaxy Note 7 na Europa até ao final do ano, algo que pode já não vir a acontecer à luz dos acontecimentos mais recentes.

Citado pela agência noticiosa, Eric Schiffer, da Reputation Management Consultants, acredita que se a Samsung não colocar um fim definitivo ao Galaxy Note 7, pode vir a assistir-se ao maior fenómeno de autodestruição de uma marca na história recente do mundo tecnológico. 

De acordo com o CNET, a AT&T, a segundo maior operadora norte-americana, ciou a interrupção a venda dos Note 7 no passado domingo, dia 9 de outubro. A operadora de telecomunicações continua a aceitar os phablets ao abrigo do programa de recolha, mas aconselha os consumidores a adquirirem outros dispositivos da Samsung, ao invés de comprarem o Galaxy Note 7.