Mercado de smartphones recondicionados supera expectativas e cresce 15%

Francisca Andrade

21 abr 2022 07:12

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De acordo com os analistas da Counterpoint, o crescimento é resultado de uma combinação de fatores: da consciencialização dos consumidores para hábitos mais sustentáveis à própria maturação dos players do mercado de smartphones recondicionados.

Com o preço dos smartphones topo de gama que chegam ao mercado a subir, são vários os consumidores que optam por comprar equipamentos recondicionados. Novos dados da Counterpoint dão a conhecer que, em 2021, o mercado de smartphones em segunda mão superou expectativas, registando um crescimento de 15% em comparação com 2020.

Os analistas indicam que o crescimento é resultado de uma combinação de fatores: da consciencialização dos consumidores para hábitos mais sustentáveis à própria maturação dos players do mercado de smartphones recondicionados. A Apple continua a liderar no mercado dos smartphones em segunda mão, seguida pela Samsung, mas a dinâmica entre marcas está a mudar.

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Como explica Glen Cardoza, analista da Counterpoint, os “smartphones recondicionados são uma parte do sistema de equipamentos em segunda mão que voltam a entrar no sistema através de várias vias”. Em particular, as trocas afirmam-se como a fonte de smartphones que mais cresce, tendo registado um aumento de 10% no seu volume em 2021.

“Estamos a ver um crescimento significativo entre players do mercado de recondicionados em regiões em desenvolvimento, como China, Índia, América Latina, Sudeste Asiático e África”. O especialista detalha que estes mercados têm um grande potencial de crescimento.

A América Latina e a Índia destacam-se por terem as maiores taxas de crescimento durante o período em análise, com 29% e 25%, respetivamente. Até os Estados Unidos, China e Europa demonstraram fortes volumes de crescimento em comparação com 2020.

Olhando para o panorama da União Europeia, propostas como a do “direito a reparar”, aprovada este ano pelo Parlamento Europeu, têm ajudado a dar um “boost” ao mercado.

A proposta está a ser estudada desde 2020 e tem como principal objetivo permitir que os equipamentos elétricos e eletrónicos durem mais tempo, assegurando a capacidade de reparação e evitando a obsolescência programada. Os Estados Unidos também estão a avançar com medidas semelhantes.