No primeiro trimestre de 2023, a distribuição de smartphones caiu 23%, para 38 milhões de unidades, sendo o pior período desde o segundo trimestre de 2012 na Europa. A Samsung mantém a liderança.
O iPhone 13 toma o primeiro lugar do ranking, correspondendo a 28% das vendas de smartphones da Apple em 2022. Para lá dos smartphones da gigante de Cupertino, o quarto e décimo lugares são ocupados pelos modelos Galaxy A13 e Galaxy A03 da Samsung, respetivamente.
A distribuição dos smartphones a nível global registou os mínimos desde 2013. O mercado recuou 18% face ao ano anterior durante o quarto trimestre de 2022, com a colocação nas lojas de 304 milhões de unidades.
Várias marcas têm planos para reforçar, ou passar a ter, oferta de smartphones dobráveis. Mais oferta vai gerar mais concorrência e obrigar os fabricantes a baixarem preços em 2023, que deve terminar com 22,7 milhões de equipamentos vendidos.
O crescimento acentuado da Apple atenuou a quebra das receitas globais do mercado de smartphones. Ainda assim não foi suficiente para evitar quebras globais.
Novas previsões indicam que o mercado de smartphones pode manter um desempenho aquém do esperado na primeira metade de 2023. Os sinais de crescimento serão apenas visíveis a partir do terceiro trimestre do próximo ano.
A Samsung é quem mais vende no mercado de telemóveis mas a Apple é quem mais fatura e quem consegue daí extrair mais lucro. A tendência não é nova mas repetiu-se num trimestre em que a margem de lucro das empresas no segmento cresceu, mas também caiu.
Os equipamentos abaixo dos 50 dólares estão a compensar a falta de procura dos modelos topo de gama devido ao receio de recessão potenciado pela inflação global.
No primeiro trimestre de 2022 houve um declínio global de 8,9% na distribuição de smartphones. A Vivo liderou o mercado chinês no mesmo período, mas a Honor teve o maior crescimento anual.
De acordo com os analistas da Counterpoint, o crescimento é resultado de uma combinação de fatores: da consciencialização dos consumidores para hábitos mais sustentáveis à própria maturação dos players do mercado de smartphones recondicionados.
A Europa é uma das regiões do globo onde se venderam mais smartphones 5G no arranque deste ano, com a Apple a levar muitos clientes às lojas, interessados em trocar para equipamentos mais modernos. Entretanto, a realme destaca-se também cada vez mais no segmento.
O interesse no 5G, mais gente disponível a comprar smartphones de gama média ou alta e equipamentos mais caros montaram a receita que fez aumentar o valor das vendas de smartphones em 7% no ano passado. Quase metade deste valor vai para a Apple.
Já conseguiu fazer melhor, mas continua muito acima da concorrência na rentabilidade obtida com o negócio de smartphones. Apenas com 13% das vendas, a Apple conseguiu apropriar-se de 75% dos resultados operacionais deste mercado no segundo trimestre do ano.
Os próximos meses prometem continuar a mostrar que os fabricantes móveis de sempre podem não ser os “reis” do 5G. As novas marcas estão lançadas na quinta geração móvel e os mercados emergentes, onde preço é um trunfo valioso, já estão a ser determinantes para ditar vencedores e vencidos.
O segundo trimestre do ano mostrou que tudo (ainda) pode acontecer no mercado de smartphones. A Covid-19, a anunciada saída da LG do segmento, as geografias onde cada fabricante aposta e o preço dos equipamentos que vende, no final do dia, podem fazer uma grande diferença.
A Apple começou bem o ano. A dona do iPhone fabricou seis dos 10 smartphones que mais renderam nos primeiros três meses do ano e conseguiu não só vender caro, como também vender muito.
Num mês as vendas da Oppo no mercado chinês cresceram 33%. A evolução é um misto de sucesso da própria estratégia e limitações da concorrência, que ameaçam manter-se.