
A Microsoft acaba de confirmar o acordo com uma subsidiária da Foxconn, uma das maiores fabricantes de telefones de Taiwan que não tem produtos de marca própria mas produz para várias marcas de topo, como a Apple. O valor do negócio com a FIH Mobile é de 350 milhões de dólares, uma pequena parte dos 5,4 mil milhões que a Microsoft pagou pelo negócio dos telemóveis à Nokia em 2014.
O acordo abrange apenas a linha de negócio de feature phones, com telemóveis como o Nokia 222 ou o Nokia 230, telefones básicos mas já com algumas funcionalidades "inteligentes" e de acesso à internet que estavam direcionados sobretudo para mercados emergentes devido ao seu baixo preço.
Mas o enquadramento global da marca Nokia tem outros contornos, com a criação de uma nova empresa finlandesa com participação de antigos executivos da Nokia, que saem agora da Microsoft Mobile.
Como parte do acordo que diz respeito à Microsoft, a FIH Mobile vai comprar a Microsoft Mobile Vietnam, a fábrica da empresa no Vietnam, e integrar os 4.500 funcionários desta unidade de produção, que serão convidados a mudar-se para a nova proprietária.
Fica ainda garantida a transferência de várias componentes do negócio de feature phones, como as marcas, software e serviços, rede de apoio ao cliente e ainda os acordos e parcerias em vigor.
O negócio deve ficar fechado ainda este semestre, embora esteja sujeito a aprovações regulatórias.
Em comunicado, a Microsoft garante que vai continuar a desenvolver o negócio do Windows 10 Mobile, com terminais como o Lumia 650, Lumia 950 e Lumia 950 XL, mas também vai continuar a investir em parcerias com empresas como a Acer, Alcatel, HP, Trinity e VAIO.
A relação da Microsoft com o mercado móvel não tem sido fácil desde que a empresa adquiriu o negócio da Nokia há dois anos e os rumores de que a empresa que sempre se tinha mantido afastada da produção de hardware poderia desistir de produzir telemóveis são mais do que muitos. A empresa já tinha abandonado a marca Nokia nos smartphones concentrando-se na designação Lumia, e agora com a venda dos feature phones parece querer "expurgar" as marcas desta aquisição à empresa finlandesa.
A estratégia do Windows 10 Mobile parece ter altos e baixos, e apesar da aposta nos modelos de topo e na funcionalidade Continuum, a lista de smartphones Lumia que fica "abandonada" é grande, concentrando esforços nos Lumia 950 e 950 XL.
Depois do negócio com a Microsoft a própria Nokia poderá regressar em breve à produção de telemóveis com o Nokia A1 e já tem dados passos no desenvolvimento de equipamentos móveis, como tablets e wearables.
Nota da Redação: A notícia foi atualizada com informação entretanto recolhida. Foi ainda acrescentada informação sobre a componente do negócio que diz repeito à criação de uma nova empresa na Finlândia.
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