Na semana passada a Samsung revelou o seu Galaxy Fold, que já tinha mostrado antes, mas apesar da demonstração em palco parecer já de um smartphone funcional ainda tinha alguns "soluços" e a pior mostra de falta de confiança é que não deixou nenhum jornalista colocar as mãos no terminal, pelo menos até agora. Já no MWC a Huawei mostrou o Mate X, e numa reunião com jornalistas Richard Yu, o CEO da área de mobilidade da empresa, deixou que pegássemos, abríssemos e fechássemos o telefone, revelando o maior à vontade com a possibilidade de abrir e fechar aplicações, rodar o equipamento com o ecrã aberto e testar a resistência. Só faltou fazer chamadas.
A LG tem um misto das duas coisas, também em termos de conceito. O LG V50 ThinQ que a empresa apresentou na pré conferência no domingo, e que hoje tivemos oportunidade de experimentar, não é um smartphone dobrável, mas alarga o espaço visível ao adicionar mais um ecrã através de uma espécie de capa inteligente, que se abre como um livro, e que pode expandir as aplicações para um segundo ecrã.
O smartphone pode funcionar em modo simples, sem a capa, e é um telemóvel com características de topo de gama, suporte a 5G e um processador Qualcomm Snapdragon 855, 6GB de RAM e 128GB de armazenamento interno, expansível até 2TB via microSD, e uma bateria de 4.000mAh. O modem X50 dá-lhe suporte para ligações 5G.
Com um ecrã FullVision OLED Quad HD+ de 6,4 polegadas, num rácio de 19,5:9, o telefone é muito semelhante ao seu antecessor, apesar da LG ter conseguido na traseira uma superfície mais lisa, sem a saliência habitual para suportar as lentes. O 5G é o principal foco e a extensão do ecrã, mas apesar da tecnologia de ecrãs que se enrolam, e que a marca integrou de forma brilhante no televisor OLED TV R que vimos na CES, a LG não quis dar o salto e mostrar um verdadeiro ecrã dobrável. E é uma pena.
A extensão de ecrã nem sempre funciona de forma perfeita e será difícil convencer os consumidores a comprarem o acessório adicional, até porque não há assim tantas aplicações que justifiquem esta duplicação. E sobretudo quando comparado com o Mate X o LG V50 parece muito "poucochinho" para o que devia e para enfrentar a concorrência.
Os gestos que fazem a (pequena) diferença no LG G8
No MWC a LG também apresentou o LG G8 ThinQ, a atualização do G7 com reforço da componente de som e duas novidades relacionadas com o sistema de reconhecimento de gestos e sistema de reconhecimento da palma da mão gestos e a leitura da palma da mão como forma de identificação, que substitui a leitura do rosto ou da iris e mesmo da impressão digital.
Experimentámos a utilização dos gestos que permite abrir a aplicação de música, aumentar ou baixar o volume e fazer uma captura de ecrã, ou simplesmente abrir os mapas do Google. É estranho e parece que vamos fazer um gesto feio. Ou magia sobre o ecrã do telefone. Para quem está habituado à realidade aumentada ou virtual os gestos são familiares, mas não fazem grande diferença porque mais rapidamente podemos tocar os botões, ou o ecrã, para conseguir o mesmo efeito.
Não experimentámos o reconhecimento da palma da mão, até porque esta funcionalidade está "intocável" no stand, sendo demonstrada dentro de uma caixa de proteção com uma abertura apenas suficiente para "ler" a mão que se apresentava (dos colaboradores da LG). E servia para acionar a funcionalidade de gestos para abrir uma das duas aplicações já referidas.
O SAPO TEK está a explorar todos os espaços da Mobile World Congress 2019 e trouxe já as principais novidades e tendências, assim como anúncios de produtos, mas ainda tens mais para contar e pode continuar a acompanhar tudo aqui.
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