Os Google Glass entusiasmaram, mas agora todos estão céticos relativamente aos óculos. Isto porque a Google decidiu retirar o equipamento do mercado para que o mesmo pudesse ser retrabalhado, redefinido. O futuro é nublado, mas uma reportagem do The New York Times coloca alguma luz sobre o caso.

Escrito pela mesma pessoa que desvendou em primeiro lugar o laboratório Google X - a divisão da tecnológica encarregue de desenvolver projetos futuristas -, o artigo diz que os smart glasses não estão mortos.

Sobre a liderança de Tony Fadell, diretor executivo da Nest e também um dos "pais" do iPod da Apple, os Google Glass vão ser redesenhados de forma agressiva. De acordo com as fontes apuradas, os óculos vão mesmo ser construídos do zero.

E a próxima versão dos Glass não vai chegar ao mercado antes de estar completamente perfeita, dizem as mesmas fontes. E nesta segunda vaga o produto não será lançado como um software, onde pode ser experimentada a versão beta. Da próxima vez que os óculos inteligentes surgirem, será na versão final e pronta a ser comprada.

Mas este repentino insucesso que se atribui aos Glass pode ter sido culpa da própria Google e em particular de um dos seus cofundadores, Sergey Brin. O executivo terá evitado todos os avisos que recebeu sobre o facto de o wearable não estar acabado, insistindo que o mesmo devia ser mostrado ao mundo o quanto antes.

Ao disponibilizar um produto inacabado - e que levantou grandes questões ao nível da privacidade -, a tecnológica de Mountain View colocou-se numa posição delicada e acabou por ceder. Os Glass saíram do mercado.

Para alguns programadores o caso não é confortável, mas também não é grave. Em Portugal a Capgemini vai por exemplo focar o desenvolvimento das aplicações noutros wearable, como os Epson Moverio.

Resta agora saber se os novos Glass,l quando chegarem ao mercado, vão ser capazes de fazer esquecer o sabor amargo que muitos ainda sentem relativamente à versão agora descontinuada.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico