Continua a não ser uma confirmação oficial, mas desta vez quem o diz não é uma "fonte anónima", mas sim o CEO da Sharp.

Algum tempo depois de ter surgido como rumor, Tai Jeng-Wu, responsável máximo da empresa japonesa, afirmou este sábado que a Apple estará prestes a deixar cair os ecrãs LTPS para adotar tecnologia OLED com os seus próximos smartphones. "O iPhone tem evoluído e vai agora mudar de LTPS (silício policristalino de baixa temperatura) para painéis OLED" disse o CEO da Sharp durante uma cerimónia de condecoração na Universidade de Tatung. "Não sabemos se os iPhones OLED vão ser um sucesso, mas se a Apple não seguir esse caminho e não se reinventar, não vai haver inovação. É uma crise, mas é também uma oportunidade", cita o jornal Nikkei.

É importante notar que o iPhone é dos poucos - se não o único - equipamentos topos de gama que ainda integra um ecrã IPS LCD. Atualmente, a tendência dita que as tecnologias OLED constituem as melhores opções disponíveis no mercado dado que asseguram um consumo reduzido de bateria, oferecem imagens mais vivas e permitem a manipulação da sua forma, possibilitando os modelos de ecrã curvo como encontramos na Samsung.

O Samsung Galaxy S7 e o Google Pixel são apenas dois dos flagships de última geração que integram ecrãs OLED.

Para fazer frente à quantidade de encomendas que se avizinham, Tai Jeng-Wu confirmou ainda que a Sharp está a construir uma nova fábrica de desenvolvimento de ecrãs OLED no Japão e que a empresa está preparada para fabricar nos Estados Unidos, "se os nossos maiores clientes exigem que fabriquemos nos EUA, é sequer possível que não o façamos?". Por enquanto, a maior parte da produção destes displays cabe à maior rival da marca da maçã...a Samsung.

A parceria entre a Sharp e a Apple pode ainda resultar na construção de ecrãs para os portáteis da empresa norte-americana. De acordo com uma fonte próxima da empresa, a Apple já começou a testar soluções OLED nos computadores que apresentará em 2017 e os últimos MacBook Pro, apresentados no final deste último mês de setembro, já teriam servido como cobaias para os primeiros testes com ecrãs deste tipo.