Durante a edição de 2020 do Facebook Connect, Mark Zuckerberg revelou que a sua empresa tinha fechado uma parceria com a Luxottica, para a produção de novos óculos de realidade aumentada. Ao que tudo indica, a nova aposta do Facebook no mundo da realidade aumentada chegará já neste ano e poderá incluir suporte a tecnologia de reconhecimento facial.
Numa recente reunião, Andrew Bosworth, vice-presidente do departamento de realidade virtual e aumentada do Facebook, terá revelado aos funcionários que a empresa estava a estudar as implicações legais da utilização da tecnologia de reconhecimento facial nos seus óculos de realidade aumentada.
De acordo com fontes a que o website BuzzFeed News teve acesso, nada está decidido. Pelo menos para já. O responsável do departamento de realidade virtual e aumentada terá também enfatizado que as leis estatais impedem o Facebook de disponibilizar, por exemplo, funcionalidades que permitam aos utilizadores pesquisar por outros membros da rede social através de imagens das suas caras.
Em resposta, Andrew Bosworth afirmou no Twitter que o Facebook quer manter a transparência no que respeita ao desenvolvimento dos seus novos óculos de realidade aumentada. Embora afirme que o equipamento funcionaria bem sem a inclusão de reconhecimento facial, o responsável admite que a tecnologia poderia ser útil.
Mais tarde, numa sessão de Q&A no Instagram, Andrew Bosworth deu a conhecer que o Facebook só incluirá o suporte à tecnologia caso os utilizadores assim o desejarem. “Se as pessoas não quiserem, nós não precisamos de disponibilizá-la. (…) É um debate que precisamos mesmo de ter com o público”, indicou. Porém, Bosworth deixou claro que tem alguns receios quanto a possíveis abusos da tecnologia por parte de autoridades.
O Facebook tem vindo a desenvolver o seu projeto de óculos de realidade aumentada desde 2017. No Facebook Connect 2020, a empresa explicou que o Projet Aria poderá ajudar os utilizadores no dia-a-dia, imaginando um mundo em que as pessoas deixam de ter de olhar para baixo sempre que precisam enviar uma mensagem ou interagir com alguém no smartphone.
Na altura, a tecnológica tinha indicado que a segurança e a privacidade dos utilizadores eram prioridades para o Project Aria. A empresa comprometeu-se também a ser o mais transparente possível e a disponibilizar todas as informações necessárias tanto aos seus clientes como a outras pessoas que possam vir a ser impactadas pelos seus produtos.
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