O governo dos Países Baixos anunciou uma lei que proíbe a utilização de smartphones nas escolas, mais concretamente nas salas de aulas, com o objetivo de diminuir a interferência dos equipamentos na aprendizagem dos alunos. “Mesmo pensando que os smartphones estejam interligados às nossas vidas, estes não pertencem à sala de aula”, disse o Ministro de Educação dos Países Baixos, Robbert Dijkgraaf, citado pela BBC.

O ministro acrescenta que os estudantes têm de ter a capacidade de se concentrar nas aulas e terem todas as oportunidades para aprenderem bem. "Sabemos com base em investigação científica que os equipamentos mobile criam disrupção".

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Não foram apenas os smartphones proibidos na sala de aula, como também outros equipamentos eletrónicos, como os tablets e smartwatchs que estão incluídos na "lista negra". O governo afirma ainda que cada escola, de forma individual, terá de acordar as regras exatas com os professores, pais e estudantes, incluindo a possibilidade dos equipamentos serem completamente banidos das escolas.

As regras vão ser analisadas no final do ano letivo 2024/25, para ver o efeito prático das proibições ou se é necessário introduzir novas medidas legais.

A BBC salienta que além dos Países Baixos, também a Finlândia tinha tomado uma decisão semelhante na semana passada. O governo do país disse que poderia mudar a lei para tornar mais fácil a restrição de utilização de smartphones nas escolas. Reino Unido e França também já apresentaram propostas para proibir os equipamentos na sala de aula.

Em Portugal, o Bloco de Esquerda já apresentou uma proposta para que as escolas limitem o uso de smartphones aos períodos de intervalo para os alunos nos primeiros níveis de ensino, pretendendo que o Governo emita orientações sobre a utilização saudável da tecnologia em ambiente escolar. E também foi criada a petição "Viver o recreio escolar, sem ecrãs de smartphones!”, assinada até ao fecho desta notícia por 18.232 pessoas.