Muitos estados norte-americanos tinham vindo a pressionar a principais fabricantes de telemóveis para que os smartphones viessem equipados com um sistema de desativação remota de smartphones. O consenso foi agora conseguido e envolve os grandes nomes do segmento mobile: Samsung, Apple, Nokia, Google, HTC, Huawei, Motorola e Microsoft.



Além dos fabricantes, também os cinco maiores operadores de telecomunicações dos EUA juntaram-se a esta consórcio. Ficou definido que todos os smartphones vendidos a partir de julho de 2015 vão ter uma ferramenta que os utilizadores poderão usar, se quiserem, para “matar” o telemóvel em caso de roubo ou perda.



Essa ferramenta permitirá, entre outras coisas, eliminar todos os dados do telemóvel e fazer um backup dos mesmos caso venha a recuperar o equipamento. Será ainda possível tornar o telemóvel inutilizável, mas sempre com possibilidade de restauração se recuperado. O sistema será antirroubo de dados e não propriamente antirroubo de telemóveis, mas espera-se que venha a ter esse efeito.



A medida tem como intuito desencorajar o roubo de smartphones já que os telemóveis desativados tornar-se-ão em “tijolos”, sem grande utilidade. Mas existe sempre a hipótese de os equipamentos serem desmontados e vendidos para peças.



Um senador norte-americano que sempre apoiou a iniciativa, Mark Leno, mostra-se no entanto insatisfeito com o acordo obtido, como relata o Re/Code. O político queria que o sistema viesse ativado de origem, ao invés de terem que ser os utilizadores a definirem se querem ou não o sistema ativado.



Apesar de a medida apenas ter validade nos EUA, é possível que a decisão norte-americana venha a potenciar discussões para que a mesma seja alargada a outros mercados, como a Europa.



Recentemente o professor universitário William Duckworth conduziu um estudo onde concluiu que introduzir um sistema de desativação remota nos smartphones podia poupar até 2,5 mil milhões de dólares aos utilizadores: entre a não-compra de novos equipamentos e a não subscrição de seguros para os disposuitivos.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico