Quando a Huawei lançou o Mate XT no mercado chinês em setembro de 2024, introduzindo o primeiro smartphone com ecrã dobrável tripartido, rapidamente surgiram rumores de que a Samsung também estaria a trabalhar num equipamento semelhante. As primeiras informações para um lançamento ainda em 2025 foram avançadas, mas agora ganham mais força.

A primeira amostra dos modelos tripartidos da Samsung foram os protótipos mostrados na CES 2022, ainda antes da Huawei colocar o seu modelo no mercado, chamando-lhe Flex G. E no ano seguinte, em 2023, revelou propostas fora da caixa, combinando sistemas dobráveis com ecrãs deslizantes, o chamado Flex Hybrid, mas neste caso para computadores portáteis em forma de tablet.

O jornal sul-coreano Sisa Journal avança com informações de que a Samsung planeia um lançamento para o segundo semestre do ano e dessa forma reforçar a sua linha de dobráveis, juntando-se ao Galaxy Z Fold7 e o Galaxy Z Flip7.

A Samsung optou por uma abordagem diferente ao sistema de dobragens, com duas dobras para dentro. O Mate XT tem uma dobra para dentro e outra para fora, formando um “Z”. Esta mudança poderá permitir ter um ecrã exterior independente, considerando que por norma o principal costuma ser sempre o interior quando aberto. Além disso, dobrado para dentro o ecrã interior fica mais protegido de choques, quedas e possíveis riscos.

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Ao longo das seis gerações dos modelos dobráveis que colocou no mercado, a Samsung tem procurado melhorar o sistema de dobradiça, que é sempre o calcanhar de Aquiles deste tipo de equipamentos. O novo modelo terá uma dupla preocupação, pois requer duas dobragens, logo mais peças associadas, de forma a não ser danificado com o abrir e fechar, assim como diminuir ao máximo os vincos das dobragens. Para tal, o mecanismo é composto por dobradiças internas e externas, que estão a ser fornecidas pelas fabricantes KH Vatech e Fine Mtech na Coreia do Sul e da Huanli na China.

O primeiro protótipo da Samsung tem um ecrã de 10,5 polegadas quando é aberto apenas um dos lados do equipamento e 12,4 polegadas quando totalmente estendido. A publicação sul-coreana aponta ainda que não se espera que a Samsung aplique tecnologia de ecrã escondido debaixo do ecrã, embora já tenha feito com o Fold3 e o Fold6.

À semelhança do modelo da Huawei, a tecnologia que compõe o smartphone é demasiado cara, considerando a existência de três painéis ligados por duas dobradiças no interior e exterior, e isso vai refletir-se no preço final do equipamento.

As fontes da publicação apontam para uma produção bastante limitada desta primeira geração do modelo, não mais que 300 mil unidades, quando comparado com os cerca de 6 milhões de unidades dos Fold 6 e Flip 6. Quem não teve problemas com as vendas foi a Huawei que registou 2,3 milhões de reservas para o Mate XT, mesmo com um preço acima dos 2.400 dólares.