A Xiaomi apresentou diversas novidades para o seu catálogo de smartphones, num mega evento repartido em duas partes. A primeira foi totalmente dedicada à revelação dos restantes membros da família Mi 11, com a introdução das versões Pro, Ultra e Lite. O sistema de câmaras fotográficas destacou-se, sobretudo na versão Ultra que já se assumiu como o número 1 do benchmark DXoMark. O segundo dia foi guardado para duas surpresas: a primeira foi a confirmação do Mix Fold, o primeiro smartphone dobrável da fabricante. Já a segunda parte, depois de um discurso emocionado do seu fundador Lei Jun sobre os 11 anos da empresa, confirmou o que já se suspeitava: a empresa vai investir nos veículos elétricos nos próximos 10 anos.
Embora de fora do evento, a semana ficou também marcada pela apresentação do seu novo smartphone para gaming, o Black Shark 4. Ainda existe um esbatimento muito grande entre os videojogos lançados para computador e consolas e nos smartphones. Os smartphones de gaming estão a ser usados como showcase do estado de arte dos equipamentos, com os melhores processadores do mercado, armados com RAM “até aos dentes” e sistemas de refrigeração impressionantes. Mas falta um clique aos estúdios para oferecer experiências de jogos que realmente rivalizem com as consolas, mas ao mesmo tempo que mudem a mentalidade dos jogadores que não querem pagar pelos títulos lançados neste formato.
A pensar nisso mesmo, a Qualcomm pretende lançar uma consola que é muito próxima do design da Switch, com o objetivo de inspirar as editoras e agitar um pouco as águas no que diz respeito ao mercado de jogos mobile, que continua a ter como bandeira os habituais Fortnite, PUBG ou Asphalt 9 como benchmark das grandes máquinas lançadas no mercado.
Já as fabricantes de smartphones continuam a lançar smartphones topo de gama direcionados ao gaming. Exemplo disso é a Xiaomi que revelou para o mercado chinês a quarta geração do seu Black Shark, procurando rivalizar com o ROG Phone 5, e como não poderia faltar, tem especificações de topo, incluindo o mais recente processador da Qualcomm, o Snapdragon 888.
O Black Shark 4 tem uma variação standard e Pro, e destaca-se pelos seus botões retrateis na lateral, para simular os “shoulder buttons” dos comandos das consolas. Quando não estão a ser utilizados, estes permanecem recolhidos, como se não existissem no equipamento, mas quando necessários elevam-se através de um elevador magnético, prontos para a “guerra”. Para além da utilização como gatilhos, estes podem opcionalmente ser utilizados como atalhos para captar screenhots, fazer gravações em vídeo do ecrã, entre outras configurações que sejam úteis para o utilizador.
O smartphone apresenta uma bateria de 4.500 mAh e suporte a carregamento “super-rápido” a 120W, para que os utilizadores mais exigentes possam continuar a jogar, visto que basta 16 minutos para carregar 100% da bateria da versão Standard e 15 na versão Pro.
A versão Pro deste Black Shark 4 tem um processador Snapdragon 888, já o standard é mais acessível com o Snapdragon 870. Ambos estão equipados com memórias RAM LPDDR5 e armazenamento flash UFS3.1. A versão normal tem configurações de memória 6/128 GB até 12/256 GB, enquanto que os modelos Pro começam em 8/256 GB até 16/512 GB, no seu topo de gama.
Os modelos têm um ecrã AMOLED de 6,67 polegadas da Samsung, com uma taxa de atualização de 144 Hz e sistema de touch sampling até 720 Hz. Os utilizadores podem escolher manualmente taxas de 60, 90 ou 120 Hz mediante as utilizações do smartphone.
Relativamente ao seu alinhamento de câmaras, o smartphone apresenta um conjunto triplo com um sensor principal de 64 MP, uma grande angular de 8 MP e uma macro de 5 MP. Regista imagens a 60 FPS e resoluções em 4K, e outros mimos como estabilização de imagem eletrónica (EIS) e capacidade de gravar em ambientes pouco iluminados ou noturnos.
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