A Apple gastou três mil milhões de dólares na Beats, ficando com a divisão de hardware de áudio e com o então serviço de streaming Beats Music. Mais de um ano depois da aquisição, e poucas semanas após a revelação oficial, os utilizadores do iOS começam a receber o Apple Music.

É a nova aposta da marca da maçã no segmento da música, um que já ajudou a revolucionar na última década através dos leitores iPod e do serviço de compra iTunes. Mas agora a música é outra: já existem marcas e serviços de streaming bem posicionados no mercado, como o Spotify, Rdio e Pandora.

Estes dois factores ajudam a que o lançamento do Apple Music seja ainda mais interessante do ponto de vista do consumidor. Agora que o serviço está disponível, vale a pena conhecer melhor a plataforma da Apple.


Disponibilidade: o serviço está disponível em 100 países, nos quais Portugal se inclui; é necessário instalar o iOS 8.4 para ter acesso ao Apple Music; para já só dispositivos que suportam a última versão do iOS da Apple ou do iTunes têm acesso ao serviço, estando prevista a sua chegada ao Android para o terceiro trimestre deste ano;

Preço: a subscrição do Apple Music custa 6,99 euros por mês; no entanto, a Apple oferece os três primeiros meses de utilização da plataforma; mas mesmo sem subscrição, os utilizadores podem aceder à rádio Beats 1 e à plataforma social Connect; há depois um modelo de subscrição em família que custa 10,99 euros e à qual podem estar associados um total de seis dispositivos;

O serviço tem três vertentes: o Apple Music pode ser visto como três serviços num só; há o tradicional serviço de streaming de música; há uma rádio mundial, a Beats1, também transmitida via streaming e que terá emissões 24 horas por dia, estando a curadoria a cargo de DJs e músicos convidados pela Apple; e há depois a plataforma Connect, que permite que artistas e utilizadores interajam, como se de um blogue ou uma rede social se tratasse;

Modo offline: quem subscrever o Apple Music vai poder guardar qualquer música para ouvir mais tarde em modo offline; esta pode ser a melhor opção para quem tem um plano de dados limitado, ainda que o armazenamento de muitas músicas pode condicionar o espaço disponível no smartphone ou tablet;

Integração com os gostos do utilizador: o Apple Music faz uma integração com a biblioteca de música que o utilizador já tem disponível no dispositivo móvel; a Apple vai ainda usar estes “inputs” para fazer as melhores sugestões de acordo com o perfil audiófilo de cada pessoa;

Siri para ajudar: para os que usam a assistente virtual Siri - noutros idiomas que não o português europeu - é possível dar comandos de voz que foram pensados apenas para este serviço; por exemplo, dizer à assistente para juntar a música de determinada banda à sua biblioteca de favoritos;

Parcerias: a Apple já garantiu o seu primeiro grande exclusivo, o novo single do cantor Pharel Williams; mas nem só de música se faz o lançamento do Apple Music - a tecnológica de Cupertino também firmou uma parceria com a Sonos para que os sistemas de som passem a suportar o serviço da marca da maçã;

Outros serviços: para já a Apple vai manter os serviços iTunes Radio e iTunes Match; resta aos utilizadores perceberem se vale a pena continuar a apostar em diferentes plataformas ou se todas as funcionalidades descritas do Apple Music são suficientes para a utilização no quotidiano;