Quando a Apple lançou o sistema de comunicação por satélite em 2022, estreando-se com o iPhone 14, a fabricante escolheu a Globalstar para o fornecimento dos serviços. Todo o sistema revelado pela Apple não se tratou de uma extensão de comunicação por satélite, mas todo um ecossistema de prestação de serviços de emergência.
A empresa liderada por Tim Cook vai manter a aposta na Globalstar e reforçar o investimento em pelo menos 1,5 mil milhões de dólares na fornecedora de serviços de satélite, avança a Reuters. O acordo apresentado aos reguladores aponta para um investimento de 1,1 mil milhões de dólares em dinheiro, juntando-se a uma compra de 20% de equidade da Globastar por 400 milhões de dólares. O negócio deverá ficar concluído esta terça-feira.
Com esta nova atualização, a Globastar diz que vai alocar cerca de 85% da sua capacidade de rede para a Apple. A empresa deverá utilizar o valor do novo investimento para amortizar dívidas. Na primeira fase, a Apple investiu 450 milhões de dólares na comunicação por satélite, cerca de 95% dos custos necessários.
Com o serviço de satélite, a Apple tem como objetivo garantir aos utilizadores o envio de mensagens de texto por satélite em locais onde não existe cobertura normal celular. Além dos utilizadores de desportos radicais, incluindo alpinistas e exploradores, os planos pretendem oferecer a prestação de serviços de emergência.
O serviço Emergency SOS vai ligar o utilizador aos serviços de emergências em condições excecionais, quando mais nenhum outro meio de contacto está disponível. Quando o utilizador tenta fazer uma chamada ou enviar mensagens para serviços de emergência, mas não o consegue fazer por estar fora de cobertura celular ou de Wi-fi, o sistema ativa a ligação por satélite.
Em condições ideais, com uma visão direta do céu e do horizonte, uma mensagem poderá demorar cerca de 15 segundos a enviar, mas quando está debaixo de árvores até média folhagem, poderá demorar até um minuto. Sob florestas densas também poderá ser difícil obter a comunicação por satélite.
Além da Apple, também a Starlink de Elon Musk e a T-Link estão a preparar o seu sistema de comunicação por satélite, com lançamento previsto para o final do ano aos Estados Unidos. Neste caso, será possível aos utilizadores fazerem chamadas telefónicas utilizando um smartphone normal.
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