A Microsoft criou a sua própria aplicação do Youtube para Windows Phone. Em maio a Google mandou retirar a aplicação. A Microsoft ajustou durante meses o software e na passada quarta-feira, 14 de agosto, voltou a lançar o Youtube. A Google mandou retirar a aplicação de novo.

Esta é a versão resumida dos factos que levaram o vice-presidente da Microsoft para a área dos litígios, David Howard, a reagir com dureza à mais recente decisão da tecnológica rival. O executivo diz que as objeções da Google são "inconsistentes" com os compromissos de abertura assumidos.

David Howard chega mesmo a lembrar os inúmeros casos de investigação anticoncorrencial que a Google tem ou já teve, como forma de pressionar a rival para deixar o sistema operativo móvel da Microsoft ter acesso aos serviços Google.

O vice-presidente diz que à Microsoft foi exigido, "estranhamente", o desenvolvimento da aplicação do Youtube em HTML 5 - quando a aplicação para outras plataformas não segue estes padrões. Como as duas partes reconheceram que o desenvolvimento é complexo, a Microsoft decidiu lançar uma aplicação não-HTML 5 e subscreveu as restantes imposições: colocar publicidades Google e retirar a opção de download de vídeos por exemplo.

"Os bloqueios que a Google estabeleceu são impossíveis de ultrapassar, e eles sabem disso. As razões para a Google bloquear a nossa aplicação são fabricadas", acusa o dirigente.

Num comunicado publicado no blogue oficial, a Microsoft acusa a Google de falta de cooperação e de não revelar informações essenciais que permitem criar a aplicação do Youtube de acordo com os critérios definidos.

A tecnológica responsável pelos sistemas operativos Windows diz que apenas procura trabalhar para criar no Windows Phone uma experiência de utilização do Youtube semelhante aquela que os utilizadores Android e iOS podem ter. A Google, diz a Microsoft, quer impedir que os utilizadores do Windows Phone possam ter uma experiência semelhante.

Apesar de todas as "farpas" deixadas durante a declaração, David Howard pede no fim à Google que deixe de bloquear o software.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico