(Atualizada)
“We’re excited to share that Digisfera is joining Google”. A frase é o início da mensagem publicada no site da empresa portuguesa este fim de semana, numa estratégia semelhante à de outras companhias que a gigante da Internet já adquiriu. E mais uma vez o valor financeiro envolvido na operação não é conhecido.
A compra já está no radar dos media internacionais que relatam a especialização da equipa da Digisfera na área da fotografia panorâmica e mostram que a inovação e a qualidade da tecnologia podem ser um fator diferenciador, mesmo para uma pequena empresa portuguesa, de origem familiar.
Criada em 2011 numa parceria entre António Cabral e Manuel Cabral, pai e filho, a Digisfera juntou o conhecimento em fotografia e engenharia e colocou-o ao serviço da tecnologia e do marketing e do turismo, desenvolvendo projetos que conseguiram projeção global, como a fotografia panorâmica do Estádio do Maracanã, ou a imagem da tomada de posse do presidente dos EUA Barack Obama e os Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em gigapíxel. Pelo meio a empresa criou um roteiro digital de Lisboa e muitos outros projetos onde o desenvolvimento da tecnologia de identificação PanoTag foi diferenciador.
Segundo a informação divulgada no site, a Digisfera vai integrar a equipa do Street View da Google, onde pretende “continuar a construir excelentes experiências usando a fotografia em 360º”.
A mudança para a nova aventura tem consequências a nível do trabalho desenvolvido pela empresa noutras plataformas: a PanoTag, que servia para identificar as fotografias, vai ser descontinuada e os servidores só vão ficar ativos até final deste mês. O código do visualizador Marzipano – suportado pelos principais browsers para visualizar imagens em 360º - será aberto à comunidade open source nas próximas semanas com o objetivo de continuar a ser usado na área da fotografia.
O TeK contactou os criadores da Digisfera, que remeteram para a Google todas as informações adicionais sobre o negócio. Fonte oficial da Google não adianta muito mais detalhes, e sem responder diretamente à forma como o negócio foi realizado, e se estava a ser preparado há muito tempo, adianta apenas que "a Google acompanha a evolução de start ups em tudo o mundo e os investimentos não se cingem apenas ao mercado norte-americano como demonstra o caso da Digisfera".
Nota da Redação: a notícia foi atualizada com mais informação na sequência da resposta da Google.
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