A Unity junta quatro empresas com sede na Austrália, Hong Kong, Singapura e Portugal. Cada uma com competências distintas, entre o design, hardware, baterias e software. Complementam-se e juntaram-se para criar uma marca de acessórios de carregamento.

O Pocket Unity é a primeira experiência, criada à medida do Apple Watch mas que pode ser usado para carregar outros dispositivos, como é possível perceber no vídeo criado pela marca para mostrar o conceito.   

O design deste carregador portátil 6 em 1 foi criado em Portugal no atelier de design de Pedro Gomes, em Aveiro. O jovem de 31 anos estudou em Lisboa, já trabalhou na Alemanha e nos Estados Unidos e regressou a Portugal para trabalhar em nome próprio. Pelo caminho trabalhou em empresas como a HTC onde ajudou a desenvolver conceitos como o do HTC Rhyme.

Para o atelier em nome próprio o empreendedor trouxe o interesse pela área da eletrónica, mas garante que esse não é o principal foco do projeto. Esta é só mais uma área, que se junta ao mobiliário, iluminação e outras.

Já no caso da Unity o posicionamento é assumidamente virado para a eletrónica e dentro disso para o mercado dos wearables, através de acessórios de carregamento. A linha que a joint-venture sedeada em Hong Kong quer criar será uma coleção de produtos complementares, direcionada a eixos verticais e a momentos na vida dos utilizadores, como o escritório, o carro e outros. O posicionamento está alinhavado, falta definir uma estratégia que o concretize.

O lançamento do Pocket Unity através de uma plataforma de crowdfunding é um primeiro teste. Aí a Unity procura 112 mil dólares australianos (o equivalente a 74 mil euros) para financiar o projeto e dá oportunidade a quem participar na campanha de reservar um Pocket a metade do preço de retalho.

O valor está longe de cobrir o investimento necessário para fazer chegar a oferta ao mercado, mas como admite Pedro Gomes, que também é diretor de design da Unity, será uma ajuda importante e um teste ao interesse no conceito, que ajudará a marcar a definir uma orientação mais clara. A campanha ainda está no início. Tem pela frente quase um mês, que será determinante para definir se o Pocket Unity vive ou morre. Se a campanha não for bem-sucedida a marca parte para outra e não fará evoluir o protótipo, garante Pedro Gomes.      

Se conseguir o financiamento pedido promete lançar o carregador, que pode ser usado no Apple Watch, no iPhone e noutros produtos, em fevereiro do próximo ano. Nas lojas o Pocket vai custar 145 dólares australianos (96 euros).  

 

 

  Cristina A. Ferreira