No sábado, o grupo islâmico Hamas lançou um ataque-surpresa a diversos pontos do território israelita. Foi um ataque de grande escala, envolvendo milhares de foguetes, conduzidos por terra, mar e ar, ao qual chamou de Operação “Tempestade al-Aqsa”. Aos ataques juntaram-se ainda a tomada de reféns de israelitas, sendo utilizadas escavadoras para derrubar as proteções de arame da fronteira de Gaza. Um porta-voz das forças de defesa de Israel confirmou que soldados e civis foram raptados pelos militantes do Hamas.
As imagens de satélite, partilhadas pela BBC, mostram a extensão dos ataques em Israel, sendo assinalados dezenas de pontos de incêndio ativos e fumo provenientes dos ataques nos locais mais atingidos pela operação do grupo islamita palestiniano.
Veja na galeria imagens de satélite dos ataques a Israel
O Washington Post detalha a violência dos ataques-surpresa a Israel, com a infiltração dos militantes do Hamas pela Faixa de Gaza, disparando mísseis no território israelita. Foi ainda reportado que na vila de Sderot foram registados disparos aleatórios contra as pessoas que passavam, assim como edifícios atingidos diretamente em Tel Aviv e Ashkelon. Há testemunhos nas redes sociais que perto da vila de Khan Younis, mais a sul da Faixa de Gaza, ouviu-se o som de mísseis a serem lançados e os confrontos entre o exército israelita e o Hamas.
A Tasnim News Agency também mostrou imagens dos ataques em Israel e salienta que foram usados cerca de 5.000 mísseis de fabrico artesanal.
Na última madrugada Israel já respondeu ao ataque e afirma ter atingido mais de 500 alvos do grupo Hamas, na Faixa de Gaza, a partir de caças, helicópteros, aviões e artilharia, naquela que chamou de operação “Espadas de Ferro”. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que o país está em guerra com o Hamas.
Segundo a Lusa, o mais recente balanço do Ministério da Saúde palestiniano registava, no domingo, 413 mortos devido aos ataques aéreos israelitas em Gaza (entre eles 78 menores e 41 mulheres), o que elevava para mais de 1.100 o total de mortes nos dois lados dos confrontos armados iniciados no sábado. Nas últimas horas foram atacadas duas torres na cidade de Gaza, o que poderá elevar o número de vítimas mortais.
O elevado número de mortos confirmado em pouco mais de 24 horas não tem precedentes na história de Israel, apenas comparável à sangrenta primeira guerra israelo-árabe de 1948, após a fundação do Estado de Israel.
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