Li Gang, CEO da Dlodlo, uma empresa chinesa, aproveitou o palco da Conferência Global da IFA em Schenzen para mostrar o dispositivo, mas pouco, porque tudo parece ainda ser segredo.

Mas não é por isso que a empresa é menos confiante, garantindo que tem um produto que vai mexer o mercado de realidade virtual, onde a maioria dos óculos são pesados e desconfortáveis, parecendo capacetes. Referindo-se claramente à HTC e à Oculus do Facebook, Li Gang desafia mesmo Mark Zuckerberg a vir a Schenzen experimentar os Dlodlo Glass V1.

Não é a primeira vez que os Dlodlo são mostrados e já estiveram em exposição em algumas feiras, onde têm atraído a atenção dos jornalistas. Aqui em Schenzen não foi diferente, mas Li Gang fugiu a todas as perguntas, e ninguém conseguiu experimentar os óculos.

Não revelou quando vão ser apresentados publicamente para o lançamento oficial – a ocorrer este ano em Nova Iorque em data indeterminada – nem os preços de venda a público que vão ser praticados.

Os óculos funcionam em ligação a uma caixa que faz o processamento, ligada por um cabo, e não a um smartphone que é a base da maioria dos óculos de realidade virtual que já chegaram a mercado.

O modelo mostrado é um protótipo e uma das hastes acabou por se partir quando uma assistente experimentava os óculos para uma foto geral, o que não abona muito em favor da resistência do dispositivo.

Os óculos são muito semelhantes aos que a LG mostrou no MWC, e com os quais o TeK não teve uma grande experiência. De qualquer forma a realidade virtual é certamente uma das grandes tendências nos próximos anos e por isso será interessante ver o que fabricantes chineses como a Dlodlo podem fazer.

Paul Gray, um analista da IHS, admite que um dos riscos é que a experiência de realidade virtual seja “envenenada” por equipamentos de baixa qualidade e pouca resolução que venha a defraudar as expectativas dos utilizadores.