A nova Barbie foi apresentada pela Mattel como a primeira boneca interativa, um titulo que se baseia na utilização de um sistema de reconhecimento de voz baseado na cloud para interpretar as perguntas das crianças e efetivamente responder às questões, numa "conversa real".

A tecnologia foi mostrada na Toy Fair de Nova Iorque e é semelhante à utilizada pelos sistemas de assistentes pessoais nos telemóveis, como a Siri da Apple, a Cortana da Microsoft ou o Google Now, recorrendo a uma ligação Wi-Fi.

O problema é que a conversas gravadas poderão ser usadas para outros fins, inclusive comerciais, que podem por em causa a privacidade das crianças e das famílias.

Vários órgãos de comunicação internacionais dão voz à preocupação da Campaign for a Commercial-Free Childhood, que utiliza a demonstração feita na feira para explicar que a boneca faz muitas perguntas às crianças que levam à partilha de informação sobre interesses e que podem ser guardadas muito para além do interesse de uma resposta imediata.

A ToyTalk, empresa responsável pela tecnologia que está a desenvolver a boneca em parceria com a Mattel, já garantiu que as gravações serão apenas usadas para o desenvolvimento do reconhecimento de linguagem natural.

Antes da utilização do brinquedo os pais têm de criar uma conta a dar o seu acordo a uma série de opções de privacidade e a própria boneca não está sempre em "modo de escuta", sendo necessário carregar num botão para iniciar o modo interactivo. A empresa esclarece ainda que a informação é cifrada antes de ser enviada para o serviço de cloud.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico