O sistema operativo da Google baseado na nuvem ganhou esta semana uma nova versão, disponibilizada através do canal para programadores e compatível com o Acer AC700 e os Chromebooks Samsung Serie 5, mas não com os Chromebooks CR-48.

A grande novidade prende-se com o novo interface, que deixa de obrigar a que as janelas do browser e aplicações sejam sempre mostradas em modo full screen, ou seja, ocupando todo o ecrã.

A partir de agora, a visualização em modo de ecrã total continua a poder ser ativada, mas é optativa, ao invés de ser imposta, como acontecia. O conceito em vigor até à data não oferecia grandes dificuldades quando o software era usado em dispositivos como os portáteis fornecidos com SO da Google instalado, mas poderia oferecer dificuldades quando transposto para a utilização em ecrãs maiores, como os dos computadores de secretária.

Embora o lançamento desta segunda-feira se destine essencialmente a programadores (ou utilizadores com conhecimentos substanciais nesta matéria) reveste-se de especial importância na medida em que revela uma orientação diferente da até à data seguida pela empresa. E, possivelmente, uma tentativa de aproximação a modelos mais conhecidos do grande público.

A ressalva é feita por meios internacionais especializados, que notam a aproximação a um interface mais parecido com sistemas populares entre o grande público, como o Windows ou o Mac OS.

A novidade, patente neste Chrome OS 19.0.1048.17, fica a dever-se a dois novos projetos em desenvolvimento pela empresa, designados Aura e Ash, que o responsável principal pelo desenvolvimento do interface do sistema operativo detalha num post. O Aura assegura o motor gráfico com aceleração pelo hardware e o Ash corre sobre ele, controlando as janelas, sintetiza a CNET, que também disponibiliza as imagens que reproduzimos no artigo.

[caption]créditos imagem: CNET[/caption]

Ao recorrer à aceleração por hardware, o Aura vai também possibilitar o uso de operações mais pesadas, como transições animadas de larga escala e outros efeitos visuais.

Entre as novidades contam-se também, por exemplo, uma lista de atalhos numa "doca" semelhante à do Mac OS ou à barra de tarefas do Windows, que será mostrada no fundo do ecrã, quando as janelas não estiverem maximizadas. Esta barra vai desaparecer quando uma janela for maximizada e voltar a ser mostrada quando o utilizador aproximar o ponteiro do rato daquela zona do ecrã.

[caption]créditos imagem: CNET[/caption]

Na barra de tarefas haverá também um ícone para acesso à lista de aplicações e favoritos do utilizador.

[caption]créditos imagem: CNET[/caption]

A barra de separadores do browser passa a poder ser desativada e as suas janelas arrastadas para diversas posições no ecrã ou acrescentadas a outro grupo. Cada janela ganha um retângulo no canto superior direito que promove mudanças entre janelas minimizadas e maximizadas e estas podem ser "redesenhadas" arrastando as margens, como acontece no Windows e Mac OS X Lion.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes