A Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona, tem desenvolvido um sistema de recuperação de acidentes cerebrais que tem por base a realidade virtual. O Rehabilitation Gaming System tem tido resultados positivos de tal forma que alguns pacientes pedem para continuar a usar o método de recuperação após o período de testes.

“O RGS é baseado em princípios neurocientíficos concretos derivados de uma teoria compreensiva da mente e do cérebro na saúde e na doença”, explica um comunicado da universidade.

O sistema de terapia através da realidade virtual tem sido testado em alguns hospitais da cidade espanhola e já foi usado por mais de 500 pessoas. O RGS tem ajudado pacientes com diferentes diagnósticos desde a doença de Parkinson, paralisia cerebral, traumatismo craniano e até lesões na medula espinal.

O Rehabilitation Gaming System consiste em vários elementos. O utilizador tem colocadas umas luvas especiais ligadas a um computador. Ao movimentar-se estará ao mesmo tempo a mover uma personagem num videojogo. Com este conceito de realidade virtual - que não precisa obrigatoriamente de recorrer a uns óculos ou capacetes - é possível criar experiências que ‘empenham’ ainda mais o cérebro, o que acelera a sua recuperação.


“Os resultados mostram que o RGS é mais eficaz do que qualquer outra intervenção de recuperação disponível atualmente”, lê-se na informação partilhada. O sucesso é tal que já originou mesmo um spin-off, a empresa Eodyne.

O objetivo agora passa por desenvolver a tecnologia por forma a torná-la mais acessível para o maior número possível de pessoas.