A Microsoft está a investigar novas formas de tornar os data centres mais eficientes e sustentáveis. Depois do sucesso do Project Natick, onde um data center foi submergido por dois anos dentro de uma cápsula no Mar da Escócia, a empresa está a experimentar um método de arrefecimento de servidores que envolve submergi-los num líquido especial.
No seu blog oficial a Microsoft explica que o líquido usado, à base de fluorocarbonetos, não causa danos aos equipamentos eletrónicos. Ao entrar em contacto com os servidores em funcionamento, líquido absorve o calor gerado e ferve a um ponto de ebulição de 50 graus Celsius.
Clique nas imagens para ficar a conhecer a nova experiência da Microsoft
De acordo com a empresa, a temperatura de ebulição mais baixa permite que os servidores operem continuamente a uma capacidade máxima sem que haja o risco de falharem devido a um sobreaquecimento.
Dentro do tanque onde toda a ação se passa, o vapor criado entra depois em contacto com um condensador localizado na tampa. O vapor é transformado em líquido que cai sobre os servidores, completando o circuito fechado de arrefecimento que se repete indefinidamente.
Segundo Christian Belady, vice-presidente da equipa de desenvolvimento de data centers da Microsoft em Redmond, os sistemas de “refrescam” os servidores com ar arrefecido não são suficientes para dar conta das atuais necessidades dos equipamentos.
Em linha com o responsável, Marcus Fontoura, vice-presidente corporativo da empresa, afirma que o novo sistema de arrefecimento “terá não só um grande impacto a nível de eficiência, mas também em matéria de sustentabilidade”.
Em colaboração com parceiros da indústria, a gigante tecnológica está também a investigar formas de operar os tanques de arrefecimento de modo a mitigar a perda de fluidos e que consigam ter um impacto ambiental mais baixo.
Recorde-se que através da experiência anterior com o Project Natick foi possível demonstrar a importância da eliminação de oxigénio e humidade no ambiente onde operam os servidores e que os data centers submersos podem ser soluções seguras e energeticamente sustentáveis.
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