Criaram uma fotografia panorâmica do Estádio do Maracanã, estiveram na tomada de posse do presidente dos EUA Barack Obama, assinalaram os Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em gigapíxel e criaram um roteiro digital de Lisboa. Quem? A Digisfera, empresa portuguesa criada em 2011 e que nasce de uma parceria entre pai e filho.
António Cabral, o pai, tinha dezenas de anos de experiência na área da fotografia e decidiu aliar-se aos conhecimentos com o filho, Manuel Cabral, mestre em engenharia de redes de comunicação. Três anos depois já concretizaram entre 50 a cem projetos, uns de maior dimensão e outros menores, mas sempre desafiantes.
Atualmente a Digisfera tem uma estratégia de dois sentidos: tanto propõe trabalhos a clientes, como recebem propostas de projetos. “Os dois modelos têm acontecido porque já somos suficientemente conhecidos. Nunca pensei que corresse tão bem”, conta o fundador da empresa.
A conversa com António Cabral surge a propósito dos mais recentes negócios que a empresa concretizou: um anúncio interativo para a operadora O2 a propósito do lançamento do Galaxy S5 e um outro modelo de publicidade online para que empresas possam ver como será o investimento antes mesmo de o fazer.
Estes dois projetos são a segunda faceta da empresa, mais virada para o marketing online e com propostas de relacionamento marca-consumidor mais imersivas.
Está ainda previsto um projeto de grande envergadura com um grande cliente, como revelou António Cabral, que por motivos contratuais não pode ser revelado. Ficam prometidas novidades para a segunda metade do ano.
Para já segue-se a presença da Digisfera numa feira internacional de fotografia panorâmica que vai ter lugar em Las Vegas e de onde António Cabral espera trazer novidades. Isto porque os clientes internacionais são muito importantes e em 2013 metade dos projetos concretizados foram vendidos para “exportar”.
Portugal e o turismo digital
Apesar de toda a “bagagem” que transporta, o fotógrafo destaca alguns projetos: a nível pessoal o do Maracanã, pois foi ele quem tirou as fotografias e tudo foi desenvolvido pela Digisfera, incluindo a tecnologia de tagging que permite identificar pessoas na imagem gigante e navegável; e o Lisboa 360 Tour “por ter demorado vários meses, por ter articulado vários monumentos e pela complexidade”.
Fica ainda o registo de que depois de Lisboa o conceito do 360 Tour já está a ser trabalhado para o Porto, seguindo-se depois Évora. Pelo tom da conversa foi possível antecipar a existência de mais interessados, mas o responsável da empresa apontou não tanto no sentido de haver mais cidades no percurso 360 Tour, mas de o mesmo ser aplicado numa gama mais abrangente, ao nível de uma região por exemplo.
“Faz todo o sentido o país e o turismo serem divulgados pela Internet e a aposta nas novas tecnologias faz ainda mais sentido”, explicou António Cabral.
Já ao nível da fotografia não se registam grandes desafios, nem mesmo ao nível das diferentes luminosidades, porque a “equipa tem grande técnica e profissionalismo”, como revela o empresário português. A maior complexidade acaba por estar ao nível informático já que atualmente “não temos projetos que sejam só de fotografia”, exigindo todos pós-produção.
Se está a pensar como é que uma equipa de cinco elementos consegue dar conta do trabalho, fica a explicação: sempre que necessário a Digisfera recruta os profissionais mais adequados para cada tema. E como António Cabral contou ao TeK, não fica de parte a hipótese de haver contratações ainda em 2014.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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