Os dados do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC) são claros: o gelo marinho no Ártico atingiu a sua máxima extensão anual na semana passada e juntou-se a 2015, 2016 e 2017 como as quatro extensões máximas mais baixas já registadas.
A 17 de março deste ano, o gelo do Ártico alcançou a extensão de 14,48 milhões de quilómetros quadrados, o segundo valor mais baixo. Recorde-se que, a 13 de fevereiro do ano passado, a calota polar total atingiu os 16,21 milhões de quilómetros quadrados, o que equivale a menos cerca de dois milhões de quilómetros do que a média registada entre 1981 e 2010. Isto traduziu-se na perda de um pedaço de gelo maior do que o estado do México.
Todos os anos, o gelo do Ártico aumenta ao longo do Outono e do Inverno e diminui a partir de março até setembro, com a exposição solar e as temperaturas de verão. Mas nas últimas décadas, a área mínima de gelo do Ártico tem vindo a diminuir como consequência do aquecimento global e das alterações climáticas.
O rápido derretimento da área de gelo no Ártico tem grandes impactos ambientais no planeta e já foi relacionado com cheias, ondas de calor e invernos rigorosos registados no continente europeu, asiático e no norte da América.
A Organização Mundial de Meteorologia já tinha alertado, em dezembro do ano passado, para o aumento das temperaturas no Ártico o qual, segundo o finlandês Petteri Taalas, secretário- geral da organização, “tem sido especialmente pronunciado, e isso terá impactos profundos e duradouros no nível do mar e nos padrões climáticos em outras partes do mundo".
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