Os dados foram recolhidos através de imagens de satélite pelo centro de National Snow and Ice Data Center (NSIDC) da NASA e revelam que, a 24 de março, a extensão do gelo Ártico estava 431 milhas quadradas abaixo da média registada entre 1981 e 2010. A subida de temperatura global nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro é uma das razões apontadas pelos cientistas.

Todos os anos o ciclo de evolução da camada de gelo flutuante leva a uma redução significativa com o degelo na Primavera e no Verão, retomando a dimensão durante o Outono e Inverno. Mas este ano, pelo segunda vez consecutiva, foram atingidos novos mínimos e na semana passada a extensão de gelo atingia os 14,52 milhões de quilómetros quadrados, um novo mínimo de Inverno desde que começaram a ser feitos os registos, em 1979.

A animação em vídeo mostra o ciclo de degelo e crescimento da camada de gelo desde o último Verão até 24 de março, quando atinge a extensão máxima de gelo acumulado durante o Inverno.

O gelo do Oceano Ártico tem um papel relevante na manutenção da temperatura da Terra, refletindo a luz do Sol e evitando a sua absorção pelo Oceano, um efeito mais relevante no Verão quano o Sol está alto na zona do Ártico, ao contrário do Inverno onde está vários meses ausente.

Apesar dos dados, os cientistas da NASA afirmam que este mínimo da dimensão do gelo Ártico pode não ter grande efeito a nível da temperatura já que a dimensão da massa flutuante gelada pode não diminuir abaixo dos níveis normais no Verão.