Em pleno espaço aéreo do Kosovo há um drone made in Portugal a fazer missões de reconhecimento para o corpo de Forças Armadas Portuguesas. Esta parceria “nacional” vai ter uma duração de seis meses e serve não só para validar a utilidade das aeronaves não tripuladas (UAV na sigla em inglês), como para potenciar os drones nacionais no resto do mundo.



Em comunicado da Tekever, empresa responsável pela criação do AR4 Light Ray, é explicado que o drone português apenas precisa de uma equipa de dois elementos para cumprir a missão: enquanto um elemento monta o equipamento, o outro está a tratar do sistema de controlo.



Isto ao contrário de outros drones que estão a ser usados também em missões no Kosovo. Um equipamento norte-americano, o Puma, precisa de uma equipa de cinco elementos para ser usado na sua totalidade.



Além da menor “força de trabalho” necessária, o drone português tem a vantagem de ser modular e montável, o que também facilita o seu transporte.



A parceria entre a tecnológica Tekever e o Exército Português já dura há três anos, tudo para colminar na utilização da aeronave em missões da NATO. Pelo meio houve adaptação do equipamento às missões para o qual podia ser chamado e treino de militares portugueses para a sua operação.

A parceria entre as duas partes não envolve nenhuma “aquisição de sistemas”, visto que as experiências do Exército Português estão a contribuir para o aprimorar do drone e do desenvolvimento de outros produtos na Tekever. Um deles é o sucessor deste mini-UAV, o AR5 Life Ray.



E ao contrário do que tem sido apontado a outros drones – sobretudo os norte-americanos -, a máquina de guerra não tem como objetivo tirar vidas, mas antes salvá-las. O comandante Brito Teixeira lembra que com a ajuda do mini-UAV é possível fazer um planeamento mais detalhado e consciente das missões, o que ajuda a aumentar a segurança dos militares portugueses no Kosovo. “É o posto de observação do século XXI”, referiu o militar.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico