Quase um ano depois do seu início, a guerra na Ucrânia continua sem sinal de acabar e as imagens de satélite mostram os estragos causados nos terrenos e infraestruturas. As mais recentes imagens do satélite da Maxar Technologies mostram o resultado de três meses de conflitos intensos perto da aldeia de Vuhledar, na região do Donetsk.

As imagens mostram as crateras causadas pelos ataques de artilharia, numa zona onde a Ucrânia continua a reprimir os ataques das forças russas que surgem de Leste. O discurso de propaganda da Rússia aponta que as ações militares das operações na Ucrânia estão a correr como o planeado, mas as imagens mostram o contrário, a soma das baixas de veículos e militares nesta área de conflito, depois de meses de ofensivas sucessivas.

Veja na galeria as imagens de satélite da guerra na Ucrânia:

O Ministério da Defesa da Ucrânia partilhou um vídeo onde se vê aquilo que parecem ser os blindados da Rússia a serem destruídos, as baixas no terreno e a desorientação das formações perante a defesa da região. E cita com ironia as palavras do Ministro da Defesa russo Shoigu, quando este diz que as operações de combate em Vuhledar estavam a decorrer com sucesso. “É mesmo verdade”, afirma defesa da Ucrânia.

Os erros táticos e a estratégia errada têm feito disparar o número de casualidades nas forças russas nos meses de ataques contínuos nesta região, como aponta o Business Insider, levando ao aumento de críticas públicas na Rússia sobre os esforços no conflito em Donetsk. São apontados problemas de liderança dos generais, assim como treino insuficiente dos novos soldados enviados para a guerra.

O controlo da aldeia de Vuhledar pelo exército russo permitiria ter maior proximidade à região ocupada da Crimeia, mas as forças da Ucrânia continuam a defender o local. E as imagens mostram o terreno de cultivo completamente esburacado, mas também a disposição dos veículos russos nas áreas residenciais, escondidos entre as casas e edifícios. Também se pode ver panoramas aéreas de Petrivka, durante o verão de 2022, antes do conflito chegar à região, e depois captada a 10 de fevereiro, onde a destruição é intensa.