Tem o seu smartphone touch a tocar dentro do bolso do casaco, mas no momento não é conveniente atender. Entretanto quer desligar a chamada, mas vai ter que tirar o telefone para fora para o fazer, certo? Possivelmente, mas só até ao momento em que os terminais PocketTouch chegarem ao mercado.

Melhor. A tecnologia, ainda em protótipo, reconhece a escrita manual, permitindo, por exemplo, enviar mensagens (curtas) de forma discreta quando está em pleno convívio social (ou profissional), sem obrigar à habitual perda de contacto visual com os interlocutores presenciais.

O projeto está a ser desenvolvido por dois investigadores da Microsoft, T. Scott Saponas e Hrvoje Benko, em conjunto com Chris Harrison, um estudante de Doutoramento da Universidade de Carnegie Mellon.

[caption][/caption]

Descrita num artigo do The New York Times, a tecnologia usa sensores idênticos aos utilizados na maioria dos ecrãs táteis, mas enquanto os touch screens existentes só funcionam com o contacto direto da pele, a PocketTouch usa um software que interpreta o toque através de roupa (por exemplo com luvas), "suportando" tecidos como algodão, seda ou mesmo lã.

"Não estamos aqui a querer substituir a funcionalidade do touch screen para compor emails ou navegar na Web". O objetivo é baixar a barreira da comunicação minimalista, salienta T. Scott Saponas.

[caption][/caption]

A aplicação ainda não está integrada num smartphone propriamente dito, acrescentou o investigador, sendo esse um dos próximos objetivos a cumprir. Faltam também ajustamentos para que a tecnologia possa interpretar os diferentes tipos de contacto (entre o toque direto com os dedos, ou o toque através de um tecido) e possa mudar o seu "modo".

Tal poderá ser conseguido medindo a luz ambiente, em que um menor índice de luminosidade representaria o "modo tecido", e o contrário o modo tradicional de toque.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Patrícia Calé