Nos primeiros minutos foi difícil perceber o que, efetivamente, se estava a passar, mas a confirmação de que o módulo Athena tinha chegado a “bom porto” acabou por acontecer, para felicidade da Intuitive Machines e da NASA.

Depois de uma descida marcada por acelerações e desacelerações - acompanhada em direto, mas sem imagens “ao vivo” que pudessem mostrar o que estava a acontecer -, a equipa da empresa norte-americana acabou por confirmar que o módulo Athena estava na superfície da Lua e a comunicar diretamente.

Veja algumas imagens registadas durante a aproximação à Lua

Depois da alunagem, os engenheiros iniciaram o processo de “desligar os sistemas que não são necessários”, confirmando também que havia carregamento solar.

Os passos iniciais envolveram igualmente tentar perceber a orientação do veículo, "para prever a quantidade de informação que vai ser possível obter e quando é que vamos poder começar a ter dados relativos ao estado do veiculo e outros, como imagens”, explicaram os colaboradores da Intuitive Machines que relataram a missão.

A IM-2 tinha seguido a bordo de um foguetão Falcon 9 da SpaceX a 27 de fevereiro último, com o objetivo de fazer alunar o módulo Athenea em Mons Mouton, uma cratera situada na região polar sul da Lua, que nunca recebe luz solar, esta quinta-feira, dia 6 de março.

Veja as imagens do lançamento da missão

O objetivo é procurar água e outras substâncias voláteis que possam estar disponíveis na superfície lunar. Os cientistas acreditam que estas crateras estejam cheias de toneladas de gelo, que pode ser transformado por futuros astronautas em água potável, ar para respirar e até combustível para foguetões.

Uma das metas mais importantes será a demonstração da extração e utilização de recursos encontrados na Lua. Segundo a NASA, a missão é fundamental para o programa Artemis e para preparar futuras missões humanas à Lua e a Marte, no geral.

A missão vai implantar uma broca e um espetrómetro de massa para analisar a possível presença de gases e voláteis no solo lunar em Mons Mouton. Além disso, será instalado um refletor laser passivo para servir como ponto de referência permanente para futuras missões.

Outras tecnologias a bordo do módulo incluem um sistema de comunicação de superfície e um drone motorizado, capaz de se mover pelo terreno lunar através de saltos curtos.

A alunagem do módulo Athena acontece depois da chegada da Odysseus, que fez uma aterragem suave em 22 de fevereiro de 2024.