A Agência Espacial Europeia (ESA na sigla em inglês) já tinha anunciado que contratou dois consórcios de empresas para estudar a viabilidade de colocar satélites na órbita da Lua. A iniciativa, de nome Moonlight, deverá ser lançada até 2028 e assentar numa constelação de três a cinco satélites para o fornecimento de serviços de telecomunicações e navegação, com o objetivo de ajudar nas futuras missões de exploração espacial.

Desta forma, o lançamento da constelação de satélites em consórcio também pretende facilitar o surgimento de uma economia lunar que faça baixar os custos da exploração lunar, sublinha a Agência Espacial, em comunicado.

“Criar plataformas de comunicação e navegação individualmente é dispendioso, complexo e ineficiente”, considera a ESA. Terceirizar esse trabalho para um consórcio de empresas reduzirá o custo dessas missões individuais, que não vão precisar de enviar sistemas de navegação e comunicações muito complexos, podendo transportar outras ferramentas no seu lugar.

“Ter um sistema dedicado às telecomunicações lunares e navegação poderia reduzir a complexidade do projeto, libertando as missões para se concentrarem na sua atividade principal”.

A Agência Espacial Europeia alega ainda que um serviço de comunicação lunar “robusto e confiável" também irá ajudar radio astrónomos a montarem observatórios no lado oculto da Lua e possibilitar que rovers e outros equipamentos deslizem com maior rapidez e serem telecomandados diretamente, a partir da Terra.

“Reduzir o preço do ‘bilhete’ para a exploração lunar pode levar um grupo mais amplo de Estados membros da ESA a lançar as suas próprias missões. Mesmo com um orçamento relativamente baixo, seria possível a um país emergente missões cubesat científicas à Lua, inspirando a próxima geração de cientistas e engenheiros”.